Nesta quinta-feira (12), educadores, gestores e estudantes se reuniram no Instituto Anísio Teixeira (IAT), no Seminário Anual do Programa Universidade para Todos (UPT). Realizado pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), o encontro marcou um momento de reflexão e celebração dos avanços conquistados em 2024 e planejamento para 2025, reforçando o compromisso com a democratização do acesso ao ensino superior e a inclusão social.

 

O seminário destacou as conquistas obtidas pelo UPT, que este ano ofertou 19.426 vagas distribuídas em 215 municípios dos 27 Territórios de Identidade da Bahia, um aumento de 460 vagas em relação a 2023. “O programa integra uma importante agenda estratégica, numa articulação entre o ensino superior e a educação básica para garantir o acesso dos nossos estudantes à universidade”, ressaltou a secretária da Educação da Bahia, Rowenna Brito, na abertura do seminário.

 

Neste ano, foram 345 polos de funcionamento, promovendo aulas gratuitas para os alunos dos centros urbanos e das zonas rurais, incluindo quilombos e comunidades de pasto e indígenas, ministradas por estudantes de graduação das universidades estaduais e federais parceiras, como as Universidades Estaduais da Bahia (UNEB), de Santa Cruz (UESC), do Sudoeste da Bahia (UESB) e de Feira de Santana (UEFS), e das Universidades Federais do Recôncavo da Bahia (UFRB), do Oeste da Bahia (UFOB) e do Sul da Bahia (UFSB). O material didático, disponível gratuitamente online, é um diferencial que potencializa o aprendizado e amplia o alcance do projeto.

 

A coordenadora do UPT pela SEC, Patrícia Machado, destacou a importância do programa e seu alcance como política pública de acesso ao Ensino Superior. “O programa já conseguiu colocar mais de 35 mil estudantes da nossa rede na universidade. São estudantes que também voltam para atuar como monitores e ajudar outros jovens e adultos a ingressarem no Ensino Superior”, pontua.

 

Durante o evento, cada universidade parceira apresentou os indicadores de desempenho do programa, evidenciando boas práticas e desafios enfrentados ao longo do ano, assim como, ressaltando a importância de parcerias estratégicas para fortalecer o impacto social e educacional do UPT. Esses esforços conjuntos têm transformado a vida de milhares de baianos, promovendo inclusão e cidadania por meio da Educação.

 

Para Murillo Neto, coordenador da UFOB, que este ano ingressou como parceira do UPT, o programa já está fazendo a diferença: “As pessoas começam a entender e ver a universidade como uma possibilidade concreta. A procura, em nosso primeiro ano, foi bastante significativa e todas as 350 vagas foram preenchidas, nas cidades de Luís Eduardo Magalhães, Barra, Santa Maria da Vitória e Cristópolis”.

 

Relatos emocionantes de beneficiários do programa também marcaram o seminário, reforçando o papel do UPT na ampliação de perspectivas e na mudança de trajetórias. Para muitos, o programa é um divisor de águas, possibilitando o sonho do ingresso no ensino superior e abrindo portas para um futuro mais promissor. Como para a estudante de Medicina Veterinária da UFOB, Yalia Barbosa, 24 anos, que após frequentar as aulas da UPT, ainda estudante do CETEP de Barreiras, conquistou uma vaga na universidade e, neste ano, retorna ao programa como monitora. “Tive uma oportunidade única com o UPT, que possibilitou meu ingresso no ensino superior. Agora, passo meus conhecimentos para meus 58 estudantes com a esperança que eles também alcancem este objetivo”.