Estudantes de Casa Nova desenvolvem ração de baixo custo para cães abandonados

Uma das 19 unidades escolares da rede estadual que chegaram à final da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), o Centro
Educacional Antônio Honorato, no município Casa Nova, participa com o projeto “Ração de baixo custo para cães abandonados em Casa Nova”. Desenvolvida a partir do programa Ciência da Escola, da Secretaria da Educação do Estado, a pesquisa é protagonizada pelas estudantes do 3º ano Emily Thâmara Conceição e Íris Aparecida Silva e Rafaela Souza. A FEBRACE é a maior feira de trabalhos de iniciação científica do país, reúne alunos de todos os estados e, este ano, acontecerá no formato virtual – por conta da pandemia do Coronavírus –, entre os dias 15 e 27 de março. A lista completa dos finalistas pode ser conferida no endereço https://bit.ly/3cCZjJU.
 
A pesquisa surgiu a partir da observação da crescente quantidade de cães circulando livremente nas ruas de Casa Nova. A professora-orientadora Andréa Passos Araújo conta que o projeto, que teve início com uma pesquisa bibliográfica sobre ração canina, com a parceria de veterinários da região, da Secretaria Municipal de Saúde e da ONG Arca Animal, visou produzir uma ração balanceada, sem conservantes e de baixo custo para cães abandonados. “A ração é de grande importância, pois é uma solução prática, rica em proteína, carboidratos, fibras, vitaminas, gorduras e minerais necessários para sustentar a vida dos cães. Foi produzida com peixe, arroz comum, farelo de aveia, beterraba ou cenoura e azeite de oliva”, explica, ressaltando que o valor do quilo da ração canina de mercado custa de R$ 8 a R$20 e a produzida sai por R$ 5.
 
A estudante Íris Aparecida, 18, fala sobre a importância do projeto e da sua satisfação em poder contribuir. “Os cães de rua ainda são ignorados por muitos e uma pequena minoria se mobiliza para ajudá-los e nós fazemos parte desse pequeno número de pessoas que se importa. A ração foi pensada justamente para facilitar e mobilizar as pessoas a ajudarem os cães de rua. Procuramos desenvolvê-la com ingredientes de fácil acesso, com custo acessível e que tivesse nutrientes que são essenciais para eles. Participar do projeto significa muito para mim, pois sou apaixonada por animais e ajudá-los enche meu coração de alegria e sou grata por isso”. 
 
A parceira de projeto, Emily Thâmara, 17, completou: “Estar participando desse projeto é extremamente gratificante. Para mim significa mais que alimentar um animalzinho de rua, significa me doar para uma causa tão menosprezada. Cada olhar de gratidão deles me motiva mais ainda a continuar com o projeto”, diz.

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