Protagonismo estudantil marca a 10ª edição da FLICA

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A 10ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA) 2022, que acontece no município de Cachoeira até este domingo (6), está sendo uma experiência marcante na vida dos 850 estudantes vindos de escolas estaduais de diferentes Núcleos Territoriais de Educação (NTEs). Ao longo do evento, eles vêm participando de diversas atividades literária, artísticas, culturais e científicas, se colocando enquanto protagonistas e produtores de conteúdos de distintas linguagens. 
 
Fotos: Feijão Almeida
Este é o caso da estudante Camila Passos, 16, que faz o curso técnico em Secretariado, no Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) Recôncavo II Roberto Torres, localizado em Cruz das Almas. Ela participou da FLICA pela primeira vez, declamando o seu poema “Chega de racismo”. “Estou muito feliz com esta oportunidade de mostrar o meu poema para o público da desta festa literária e me sinto protagonista por isso, pois acredito que posso inspirar outros estudantes a escreverem seus próprios poemas e estarem no palco, como eu estive”, afirmou. 
 
A estudante Mariana Dias, 16, 2º ano, do Colégio Estadual Francisco da Conceição Meneses, em Santo Antônio de Jesus, apresentou com os seus colegas o projeto científico “Produção de biogás proveniente de subprodutos do cacau: uma proposta de implementação de usina energética sustentável em fazendas do Recôncavo da Bahia”. “Achei muito importante apresentar este projeto em um evento literário, pois é uma forma de divulgar a nossa participação na Ciência, inspirar e mostrar para as crianças e jovens que ela faz a diferença na vida das pessoas”, comentou. 
 
A professora e astrofísica Eliade Lima dialogou com os estudantes na mesa sobre o tema “Fazendo brilhar os corpos (in) visibilizados na Ciência - UNIPAMPA”. “Abordei sobre a importância de falar sobre pessoas negras e mulheres nas Ciências, que são corpos apagados durante toda a história da Ciência, e incentivei os estudantes  das escolas públicas para irem atrás de seus sonhos, sejam eles na Ciência ou em qualquer área”. 
 
A programação do segundo dia de atividades do Espaço Educar para Transformar na FLICA contou, também, com rodas de conversas e com o #EDUCASTEM2030 na Bahia - encontro com estudantes e professores, uma ação realizada em parceria entre a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Já o professor e historiador Natanael dos Santos, membro-fundador e coordenador de pesquisa do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UNICAMP, contou a história dos instrumentos musicais da cultura afro para os estudantes, que participaram, ainda, de roda de capoeira e assistiram à peça teatral “Trajetória do africano em território brasileiro”. Neste sábado (5), haverá uma apresentação no palco de música e poesia com o Grupo Anarkas.

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