Mais Grafite chega à sexta edição no colégio Kléber Pacheco, em Pernambués

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Fotos: Paula Fróes/GOVBA
O painel temático representa a chegada da primavera. Os ‘bombs’, escritas com letras vazadas que parecem saltar dos muros, revelam os nomes dos artistas. Os alunos do Colégio Estadual Kleber Pachêco, em Pernambués, foram os beneficiados nesta sexta-feira (29) pela sexta edição do projeto Mais Grafite, do Governo do Estado. 
 
Sprays em punho, após a oficina, a arte é acompanhada da consciência de quem sabe o que está fazendo. Aos 19 anos, a estudante Lígia de Jesus, do terceiro ano, sempre teve contato com as tintas, mas nunca havia se aventurado no grafite. “O projeto vai trazer pessoas que têm vontade de se expressar e não têm ninguém que chame. Todo colégio deveria ter oficinas de artes, esportes, e grafite também. A partir destas oficinas, as pessoas podem descobrir seus talentos e até se profissionalizar”. 
 
O projeto já alcançou cerca de quinhentos estudantes. Ainda serão atendidas oito escolas. O diretor da escola, Edmílson Gama, afirma que o que foi apresentado pelas arte-educadoras do Coletivo Vai e Faz complementa o currículo escolar. “A escola recebe sempre projetos de arte-educação, que agradam muito os alunos. Hoje pela manhã, as professoras de grafite fizeram palestra e os alunos foram sensibilizados. Eu acredito que o grafite vem somar com os nossos projetos que já são realizados”. 
 
O grafite seduz o jovem estudante e, ao mesmo tempo em que o aproxima da arte, promove a integração à escola. Palavra da arte-educadora, tatuadora e grafiteira Chernie, do Coletivo Vai e Faz, que fez o trabalho em Pernambués. “É a segunda escola que eu participo, nosso coletivo já pintou seis escolas. Todas elas nos fazem uma grande recepção. O grafite tem uma grande inserção, está na moda, está nas novelas, marca de perfume, de cosméticos, está em pauta”, afirma. 
 
Para Chernie, os jovens simpatizam com o grafite. “Quando a gente vem com esse projeto, trazemos outra visão, porque o grafite é arte-educação, a gente tem um motivo para pintar, a gente estuda. Quando a gente pinta na rua a gente dialoga com a cidade, com as pessoas. Então, os alunos pintam e se sentem parte da escola que ajudam a construir, ajudam então a preservar”.
 
Com informações da Secom

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