Estudantes recebem prêmio nacional por projeto voltado a jovens em situação de vulnerabilidade social

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Fotos: divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Rio de Janeiro é a próxima escala de viagem para estudantes do curso técnico de nível médio em Recursos Humanos, do Colégio Estadual Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Alagoinhas, que estão conquistando destaque em mostras e feiras científicas nacionais pelo projeto "Da Escola Para o Mundo", desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado. Depois de apresentar o projeto em Recife e em Salvador, as estudantes Islaine Medeiros, 16, e Adrielle Bispo, 18, estão, desde a última segunda-feira (27), no Pará, participando da Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola Açaí, de onde embarcam, nesta sexta-feira (1), para o Rio de Janeiro, onde receberão, acompanhadas pela professora e orientadora, Maria de Lourdes Ramos, a premiação do Desafio Criativos da Escola, iniciativa do Instituto Alana, na terça-feira (dia 5), no Museu do Amanhã.

O estudante Carlos Henrique, 18, que também é autor do projeto, embarcará de Salvador para encontrar as colegas no Rio de Janeiro. O projeto conta ainda com a assinatura da estudante Jeane Flávia, 17. O projeto "Da Escola Para o Mundo", foi um dos 11 premiados pelo Desafio Criativos da Escola, que teve um total 1492 projetos inscritos de todo o país. O projeto vencedor da Bahia é fruto de atividades desenvolvidas em sala de aula, a partir da discursão de como a escola poderia contribuir para o desenvolvimento social dos jovens da comunidade do entorno, que envolveu reuniões e oficinas nos finais de semana, além de acompanhamento psicológico e orientação vocacional.

O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, falou sobre a importância da premiação. "Este é mais um dos prêmios conquistados por nossos estudantes, o que demonstra o fazer Ciências em sala de sala nas nossas escolas, com o grande engajamento dos nossos professores", destacou.

A professora e orientadora, Maria de Lourdes Ramos, disse que está emocionada com a projeção nacional do trabalho e, principalmente, pela repercussão na vida dos estudantes. “A ideia não é só a escrita, é fazer com que os estudantes possam mudar histórias de vidas, a deles e dos colegas. Me sinto uma profissional realizadas e a principal conquista é fazer com que eles tenham orgulho do bairro que eles moram, o Barreiro, um bairro de periferia”, afirmou, ao destacar que, ainda em 2017, o Colégio irá fundar um Núcleo de Pesquisa Científica para estabelecer um planejamento de trabalho para 2018.

A estudante Medeiros fala da emoção pelo envolvimento no projeto. “É uma surpresa. Quando me envolvi no projeto, eu não espera que fosse acontecer a metade dessas coisas. Estou muito feliz de representar o nosso Estado. É uma vitória participar destas feiras, principalmente a gente que é de periferia e de viver em um bairro onde a vulnerabilidade social é muito alta. Isto mostra que dá para fazer mudança e correr atrás. Estou muito orgulhosa disso, de estudar nesta escola tendo esta oportunidade”, afirmou.

Adrielle Bispo está igualmente feliz. “A participação no projeto e todas estas viagens ampliaram o meu olhar para o futuro. Eu tinha uma perspectiva limitada, mas conhecer novos horizontes e novas realidades mudou tudo. Espero continuar a crescer mais e oportunizar outros jovens. A Educação é o único meio para conseguir uma realidade melhor. Estou muito feliz”, comemora.

Os projetos vencedores do Desafios Criativos receberão prêmios em dinheiro para a iniciativa e para os professores orientadores. O potencial de transformação social das ações realizadas e o quanto contribuíram para o desenvolvimento da empatia, colaboração, criatividade e protagonismo dos estudantes foram pontos levados em conta.

A Prefeitura Municipal de Alagoinhas é parceira no projeto, disponibilizando profissionais de psicologia e assistência social. Além disso, oficineiros voluntários oferecem oficinas de instrumentos musicais, artesanato com materiais recicláveis e pintura em tecido. A proposta é viabilizar uma fonte de renda para os jovens atendidos pela iniciativa.

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