Os estudantes do Colégio Estadual Severino Vieira, no bairro de Nazaré, em  em Salvador, promoveram a exposição ‘O orgânico barro das entrelinhas do corpo: África em nós’, na galeria de arte da escola, nesta quarta-feira (28). Foram expostas peças criadas com barro, como esculturas humanas, potes, pingentes, jarros, quadros e máscaras africanas. A atividade é fruto da disciplina de Artes, que promove a pesquisa sobre temas como história e cultura africana. A programação também contou com um desfile de moda africana, quando os estudantes usaram máscaras, adereços e vestimentas contextualizadas com a temática. A ação ainda está contextualizada com o Novembro Negro nas escolas.

 

Segundo a professora de Artes, Conceição Lima, disse que também foram feitos estudos sobre as comunidades ribeirinhas de Maragogipinho, São Félix e Cachoeira, que utilizam a argila na produção de peças artesanais, e sobre feiras como a de São Joaquim e das Sete Portas. “A exposição visa o resgate e o olhar da simplicidade, tendo a argila como o elemento principal da terra e que fecha a programação da escola na abordagem sobre a África”, destacou.

 

O estudante Wilson Badaró, 16, 9º ano, confeccionou uma máscara africana e disse que gostou muito da atividade. “A máscara retrata o meu interior e, também, está relacionada com a história, cultura e valor do povo negro”, revelou. Samara Santos, 17, também do 9º ano, além de confeccionar uma máscara em barro, também participou do desfile temático. “Minha máscara caracteriza Zumbi do Palmares e eu estou muito contente de fazer parte deste projeto, pois tivemos a oportunidade de aprender sobre a cultura africana através da arte, das músicas e dos filmes relacionados”, afirmou a estudante.