Estudantes produzem cordéis e valorizam a cultura regional

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A produção dos populares versos do Cordel, em sala de aula, está encantando os estudantes do Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães, no município de Itaberaba (a 280 km de Salvador). Através deste gênero literário, adaptado à uma temática pertinente ao seu universo, os alunos protagonizam o projeto ‘Modelo Oxente’, realizado em sua terceira edição. A proposta é que eles busquem conhecimentos da história para que reconheçam na Literatura do Cordel uma valorosa manifestação artística de identificação de um povo. Para socializar os conhecimentos com a comunidade escolar, os participantes recitam os cordéis no pátio da unidade.
 
Fotos: Acervo pessoal
A estudante Jamile Gomes, 15, 1º ano, conta que fazer cordel foi uma descoberta “maravilhosa” para identificar os elementos da cultura popular e da tradição, voltados à construção da memória coletiva. “É um projeto muito estimulante porque aprendemos as técnicas de fazer cordel, que é a expressão das experiências e vivências de um povo. E isto nos dar uma visão mais ampla sobre literatura”, avalia a aluna, co-autora do cordel ‘Português na escola’. Neste cordel, Jamile e sua equipe abordam a importância da disciplina Língua Portuguesa para o crescimento como cidadão. 
 
A colega Amanda Moura, 15, contribuiu com o cordel ‘O bem e o mal’ – através do qual a prática do bem é incentivada como forma de garantir uma vida social mais humana. Ela está feliz com o resultado. “O projeto tem sido muito importante para mim porque descobri uma habilidade que não sabia ter. Com isso, aprendi a ler e a gostar de poesias, principalmente a de Cordel, compreendendo que este gênero literário é importante para conhecermos os valores culturais relativos ao povo de uma região”.
 
A professora de Língua Portuguesa, Geovana Rodrigues, responsável pelo ‘Modelo Oxente’, acrescenta que o projeto tem contribuído na compreensão da função social da Literatura de Cordel. “Os cordéis são produzidos em sala de aula e, independente da temática escolhida, o gênero atua como um veículo de propagação de valores culturais pertinentes ao povo de uma região, através dos folhetos e das xilogravuras impressas”, explica a educadora, relatando que temas atuais como o uso do celular na escola e a relação entre alunos e professores são recorrentes.

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