Estudantes especiais e com deficiência jogam capoeira na Fonte Nova

O esporte tem feito a diferença na vida de estudantes especiais e com deficiência. Alguns deles participam dos Jogos Estaduais da Rede Pública (Jerp) que faz parte da programação do 2º Encontro Estudantil Todos pela Escola: ciência, arte, esporte e cultura. O Encontro começou ontem (27/11) e prossegue até esta sexta (29/11), na Itaipava Arena Fonte Nova. O Jerp reúne cerca de mil estudantes da rede estadual, da capital e interior, que participam dos festivais de judô, xadrez e capoeira e disputam as finais dos torneios de basquete, futsal, handebol e voleibol.
 

Na quinta-feira (28/11), o som do berimbau ecoou do nível 3 da Arena e os estudantes mostraram técnica e muita ginga durante as rodas da capoeira angola e regional. Também participaram de oficinas de caxixi e berimbau. O professor de capoeira do grupo Gingando Sempre, do Colégio Estadual Vitor Soares, Geraldo Alves, também conhecido como Tatu,  trabalha com alunos especiais e com deficiência, com  idades entre 15 e 37 anos.

O professor  Geraldo falou sobre a importância da capoeira no desenvolvimento destes estudantes. “A capoeira mudou a vida dessas pessoas no sentido em que alunos autistas, com Down, com deficiência visual  e  auditiva hoje cantam, dançam, conseguem desenvolver uma boa coordenação motora”. O professor destaca as contribuições que o 2º Encontro Estudantil Todos pela Escola, para a inclusão destes estudantes. “Participar dos jogos deste encontro  é uma experiência fantástica tanto para eles quanto  para todos nós”, acrescenta.

O estudante Bruno Gonçalves disputa o campeonato de vôlei e prestigiou a participação de estudantes especiais e com deficiência. Falou sobre a integração que a diversificada programação do 2º Encontro Estudantil Todos pela Escola está proporcionando. “A sensação é maravilhosa e a emoção é muito grande”, afirmou Bruno, aluno do 9º ano do Colégio Estadual Bento Gonçalves, bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador.

 

 

"A capoeira mudou a vida dessas pessoas no sentido em que alunos autistas, com Down, com deficiência visual  e  auditiva hoje cantam, dançam, conseguem desenvolver uma boa coordenação motora" - Geraldo Alves, mestre de Capoeira.



Para Isaac Melo, 11 anos, o gosto pela capoeira foi herdado da mãe. O estudante do 6º ano da Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima, bairro de Valéria, na capital, acrescenta que este esporte fará parte de sua vida para sempre. “Comecei a jogar capoeira há um ano porque minha mãe joga e me incentivou. Hoje não sei ficar sem participar”, entusiasma-se.

As competições e outras atividades são abertas ao público. Apenas para a 6ª edição do Festival Anual da Canção Estudantil (Face), na sexta-feira (27/11), a entrada ocorrerá mediante convites que serão distribuídos aos estudantes participantes do encontro. A TVE vai transmitir a final do Face ao vivo a partir das 18h.

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