Estudantes de Olindina assistem Ó Paí, Ó 2, no Cine Glauber Rocha

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Foto: Amanda Chung / SECBA
A tarde deste sábado (2) foi especial, divertida e de muita aprendizagem para 38 estudantes do Colégio Estadual Ministro Oliveira Brito, localizado no município de Olindina, que vieram a Salvador para assistir o filme Ó Paí, Ó 2, no Cine Glauber Rocha, em uma parceria entre as secretarias estaduais da Educação (SEC) e da Cultura (Secult). 
 
Toda as diversidades artística, cultural, socioeconômica, étnica, religiosa e de gênero; o culto à ancestralidade; a luta antirracista; e as mensagens de companheirismo, empatia e solidariedade entre as personagens, dentre outros aspectos do longa, contribuem para uma reflexão dos estudantes sobre estas e outras questões, como a vida em comunidade e a perseverança pela realização dos seus sonhos. Estes a começar por Roque, interpretado pelo ator Lázaro Ramos, que busca fazer sucesso com sua arte musical. 
 
A secretária da Educação do Estado, Adélia Pinheiro, participou da sessão com os estudantes e falou sobre o impacto destas vivências. “É muito importante para nós acolher os nossos estudantes para esta vivência aqui, em Salvador, e para assistir a este filme que tem muito a ver com a Bahia, que fala de nós, fala do nosso povo, reconhece a nossa identidade e, portanto, é uma referência para nós. Não é um filme
qualquer. E isto tem a intencionalidade do nosso governo, que permite ao nosso estudante, acompanhados por nossos professores, como parte do processo de formação, poder beber de diferentes lugares de aprendizagem e com diferentes linguagens. É isso que representa o entendimento de educação enquanto direito e a gente vai construindo essas experiências e possibilidades com cada escola”, afirmou ao ressaltar a parceria com a Secult e o secretário da Cultura, Bruno Monteiro. 
 
O estudante João Victor Santos, 18 anos, 3° ano do Ensino Médio e ouvidor do colégio, falou sobre a importância da atividade pedagógica. “Isso é muito importante, porque trás outra realidade cultural pra gente e, também, conhecimento histórico. Sem falar que é um um momento de integração com os colegas e nos deixa muito felizes”.
 
Karollaine Cristian, 15, 1° ano, ficou impactada com o filme. “Acho que a representatividade preta tem que ser mais trabalhada e eu, como mulher preta, me identifiquei muito com o filme.  Eu chorei quando a mulher falou do filho que morreu. A grande mensagem foi a luta contra o racismo. Só sabe o que passa quem é preto e passa por isso todos os dias”, relatou.
 
Luiz Alberto Ferreira, 16, 1° ano, veio pela primeira vez a Salvador e diz que viveu um misto de emoções. “É a primeira vez que venho a Salvador e estou muito feliz em ter visto o filme e ver o Pelourinho de perto. O filme representou muito a minha religião, que é a Umbanda; os meus ancestrais; e a nossa sociedade negra. Foi uma grande aula que tivemos ao longo do dia. Dentre tudo que posso dizer é que foi uma experiência inesquecível”, comemorou.

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