Estudantes de Juazeiro participam de minicurso de Libras para se comunicar melhor com colega surdo

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Fotos: Divulgação

Os estudantes do 1º ano do Complexo Integrado de Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Bahia Rui Barbosa (CIEB), unidade da rede estadual de ensino localizada em Juazeiro, estão participando de um minicurso de Libras (Língua de Sinais do Brasil) para melhor se comunicar com um colega surdo. A iniciativa é realizada através de uma parceria entre a unidade escolar e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), que é responsável pelas aulas do minicurso.

A atividade, com carga horária de 20 horas, acontece de forma gratuita em uma das Estações do Saber, ofertadas no CIEB, e que consistem em oficinas e minicursos organizados dentro da carga horária escolar. Para participar das Estações do Saber, os estudantes fazem inscrições na própria escola.

O estudante surdo Guilherme Ribeiro, 17, 1º ano, disse que se sente acolhido e lisonjeado com a iniciativa. “A escola está me dando um grande apoio. Quando soube do minicurso, fiquei muito feliz, pois faz toda a diferença. Agora, consigo interagir com todos na sala de aula”, disse, entusiasmado.


Segundo a diretora do CIEB, Lucimone Bruno, o curso de Libras é de extrema importância para a inclusão social e para a melhoria da comunicação entre as pessoas surdas e ouvintes. “Quando os alunos aprendem a língua de sinais, eles adquirem a capacidade de se comunicar de forma mais efetiva com pessoas surdas, o que pode levar a um maior entendimento, respeito e inclusão dessas pessoas na sociedade”, disse.
 

De acordo com a professora de Libras, Maria Nacelha, da UNIVASF, o minicurso contribui para o desenvolvimento cognitivo e linguístico. “Quando os estudantes ouvintes aprendem a língua de sinais, eles são capazes de se comunicar diretamente com as pessoas surdas, sem a necessidade de um intérprete, o que pode levar a uma maior independência e autonomia para as pessoas surdas. O minicurso pode ter um impacto positivo significativo no aprendizado e na interação dos estudantes, não só com as pessoas surdas, mas também com outros falantes da língua de sinais, como intérpretes, professores e profissionais de áreas relacionadas”.

Para o estudante Leonardo Matias, 16, aprender Libras tem sido estimulante. “Jamais havia me interessado pela língua de sinais em razão de nunca antes ter tido contato com pessoas surdas. Mas ser colega de Guilherme despertou este desejo. Foi a forma que encontramos de nos comunicar para que ele não se sinta excluído”, disse. Já a estudante Kethelly Vitória Menezes, 16, já tinha o desejo de aprender Libras. “No passado, tive contato com uma pessoa surda e não consegui me comunicar com ela. O fato de ter um colega com esta deficiência me estimulou a aprender e a me comunicar na língua dos sinais. Vejo que ele se sente à vontade de se comunicar comigo, e isso me enche de alegria".

 

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