Os estudantes do Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand, localizado em Feira de Santana (116 km de Salvador), estão participando do Campeonato Baiano de Orientação. Na segunda etapa do campeonato, neste domingo (2), na Associação Náutica de Feira de Santana, os jovens, que são atendidos pelo projeto social da equipe Caatinga Trekkers, percorreram uma trilha utilizando instrumentos de orientação como bussolas e mapas. A modalidade esportiva funciona como uma aventura de “caça ao tesouro” e requer inteligência, concentração e agilidade dos participantes. Ganha quem percorrer os pontos previamente definidos em menor tempo.

 

O Campeonato Baiano de Orientação é realizado por meio do sistema de pontos corridos, dividido em cinco etapas durante o ano. Cada etapa é de responsabilidade de uma equipe e ocorre em locais diferentes. Participam em torno de 450 atletas de toda a Bahia. O esporte é disputado por categorias levando em consideração idade, sexo e nível técnico.

 

De acordo com a professora do Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand, Erika Mineiro, o esporte contribui para desenvolver uma série de competências e habilidades dos estudantes, facilitando o “pensar eficiente”. “Os alunos aprendem noções de Cartografia com leituras de mapas temáticos, e de Matemática e de Física, através dos cálculos de deslocamentos. Além disso, são sensibilizados em relação à necessidade de preservação da natureza, além conhecer locais históricos e praticar nas comunidades que acontecem os torneios, os princípios da cidadania”, explica a educadora.

 

Ramon Freitas, 17, está no projeto desde 2015 e fala sobre a experiência. “Gosto muito do campeonato porque aprendemos a nos orientar com bussolas e mapas, além do espírito de união, ao trabalharmos em equipe”, conta o estudante. Para Lucas Santos, 16, a atividade está servindo para ampliar seus conhecimentos. “O esporte ajuda a desenvolver melhor o nosso raciocínio lógico, pois temos que ter muita atenção ao olhar os pontos nos mapas e pensar rápido para agir durante a corrida”, revela o estudante.

 

“O raciocínio lógico é trabalhado quando em plena atividade durante a prova, o aluno (atleta) deve ser capaz de tomar decisões rápidas e precisas para completar o mapa em menor tempo, utilizando rotas menores, passando por pontos definidos. O processo de ensino e aprendizagem torna-se significativo através da vivência promovida pelo esporte. Os alunos fortalecem as relações interpessoais com a comunidade escolar e em sua família”, completa a professora Erika Mineiro.

 

Ação pedagógica - A professora também informa que, desde 2015, os alunos da unidade escolar estão inseridos no projeto social interdisciplinar de orientação. Porém, neste ano, o esporte foi implantado na escola como conteúdo da grade curricular do 9° ano do Ensino Fundamental II. Com isso, os alunos passaram a ter aulas expositivas e práticas, o que levou à adesão de 85 estudantes no campeonato.

 

Para se prepararem para o campeonato, os estudantes treinam na área da escola e no Parque da Cidade do município. Os treinos são focados em estudos de mapa, aprimoramento dos conhecimentos de orientação e no uso da bússola. Outro destaque é o desenvolvimento do condicionamento físico: resistência, velocidade e agilidade.

 

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