Estudantes da rede estadual participam de congresso latinoamericano e workshop em Florianópolis

O Centro Territorial de Educação Profissional da Região Metropolitana de Salvador – Cetep RMS, localizado em Camaçari, representará a Bahia no IV Congresso Latinoamericano de Biotecnologia de Algas e no IV Workshop da Redealgas – Desafios à Conservação e ao Desenvolvimento Sustentável. O evento teve início nesta segunda-feira (18/11) e prossegue até sexta-feira (22/11) em Florianópolis, Santa Catarina.

Os estudantes do curso técnico em Química e Controle Ambiental, acompanhados pelo professor orientador, Florisvaldo Júnior, irão apresentar o projeto Implantação de um Banco de Microalgas, cuja proposta é implantar um banco de microalgas que funcione como objeto de estudo para estudantes de toda rede estadual de educação, possibilitando o aprofundamento dos seus conhecimentos sobre a relevância das microalgas na produção de biodiesel, para a indústria farmacêutica, cosmética e química, no tratamento de efluentes e em outras áreas.

No estudo, são pesquisadas espécies de microalgas marinhas, a exemplo da Dunaliella tertiolecta, Tetraselmis gracilis e Phaeodactylum tricornutum. O professor Florisvaldo Júnior explica que as microalgas são organismos microscópicos encontrados em corpos d’água doce, salgada e salobra em todo o mundo. “Elas são seres fotossintetizantes, ou seja, assim como as plantas, necessitam de luz para produzir seus alimentos e liberar oxigênio, e de nutrientes para sua proliferação.

Intercâmbio – Para o professor, o evento é um momento importante de intercâmbio dos estudantes com outros técnicos e pesquisadores da área: “Esta também é uma forma de trocar e obter informações de biotecnologia de algas marinhas, além de estarmos no rol dos maiores especialistas do mundo em algas”, finalizou.

Os estudantes do curso técnico em Controle Ambiental estão mensurando a viabilidade do cultivo de algas utilizando água de esgoto com vitaminas B12 e B1. “Nesse experimento, os estudantes utilizam água de esgoto filtrada e esterilizada, misturada com uma solução de vitaminas que possibilita um meio de cultivo alternativo das microalgas. Essa mistura resulta em nutrientes que fazem as microalgas se proliferarem rapidamente. Por fim, queremos verificar se este método é viável para o cultivo das microalgas marinhas em comparação com métodos consagrados a exemplo do MB2 e Conway. Também pretendemos mostrar que esta é uma forma sustentável de fazer ciência”, explicou.

Daiane da Conceição Caldas, 24 anos, aluna do curso técnico em Química, é uma das estudantes envolvidas na pesquisa que tem como proposta analisar quais das espécies têm maior potencial para produção do biodiesel. “As microalgas têm a capacidade de produzir lipídios, que são gorduras. Elas produzem, também, carboidratos e proteínas e outros metabólicos”.

A diretora do Cetep, Nancy Bulcão, comenta que a instituição vem contribuindo e estimulando a participação e produção de pesquisas científicas. “Mostramos por meio destas pesquisas, e em outras idealizadas pela nossa comunidade estudantil, que incentivamos e estamos preocupados com a produção do conhecimento para o benefício da sociedade e para o bem da ciência. No mês passando, estivemos em São Paulo participando da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza, onde, além deste projeto, levamos o Robô de Sumô, elaborado pelos estudantes do curso técnico em Eletroeletrônica e Eletromecânica”, disse.

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