Estudantes da rede estadual de Educação Profissional apresentam trabalhos em Recife

Três pesquisas realizadas por estudantes do curso Técnico em Informática e Eletromecânica do Centro Estadual de Educação Profissional em Controle e Processos Industriais Newton Sucupira (Ceep), localizado no bairro de Mussurunga, em Salvador, estão sendo apresentadas na 65° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Neste ano, o evento, que começou neste domingo (21/07) e prossegue até sexta-feira (26/07), no campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, apresenta o tema Ciência para o Novo Brasil.

Projeto DNA tem cor


Os estudantes do Ceep são bolsistas de iniciação científica Júnior, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico  (CNPq), e as pesquisas integram o projeto “Ciência, Arte e Magia” desenvolvido em parceria do Centro com a Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Na pesquisa “Protetor solar de escorpião”, desenvolvida por Patrick Rocha de Oliveira, do curso Técnico em Informática do Ceep, e Marco Vinícius Santos Vieira, estudante do Colégio Estadual José Tobias Neto, sob orientação da professora Rejâne Maria Lira da Silva, os estudantes observaram a fluorescência dos escorpiões ao simular seu habitat natural em terrário ambientado (recipiente onde se reproduzem as condições ambientais necessárias para diferentes seres vivos) por meio de uma lâmpada ultravioleta acoplada. “Ao incidirmos a luz ultravioleta, o escorpião floresce porque sua carapaça causa um bloqueio refletindo a radiação. Desta forma, acontece o fenômeno da fluorescência. A pretensão é desenvolver uma camisa para ser utilizada por pessoas albinas, protegendo-as do câncer de pele”, explicou a professora orientadora Rejâne Maria Lira da Silva.

Serpentes – Na pesquisa “Visão infravermelha de serpentes: como estes ‘ditos vilões’ podem nos ajudar”, também realizada por Patrick e Marco, foi feita uma simulação sobre a visão noturna das cobras. Utilizando técnicas de revelação fotográficas em laboratórios, eles tentam explicar como a serpente pode enxergar no escuro. “Essa simulação é feita usando uma lata que é forrada com papel fotográfico. Na lata, captamos luz e em uma câmara escura revelamos a imagem”, explica Patrick.

A professora acrescenta que, na câmara escura, utilizando óculos de visão infravermelho, as pessoas podem visualizar a revelação do papel fotográfico percebendo como as serpentes enxergam no escuro.  “Assim é possível vermos o fenômeno. Como objetos quentes e seres endotérmicos emitem o comprimento de onda nos raios infravermelhos pela expansão do calor de seus corpos, a visualização é possível, mesmo na ausência completa de luz. Esta técnica já é utilizada em operações policiais para facilitar a identificação de pessoas durante a noite”, afirma.

Já a pesquisa “DNA tem cor”, realizada pelas estudantes Mirelle de Jesus Teles, do curso Técnico em Eletromecânica, e Michele Nunes, do curso Técnico em Informática do Ceep, orientada pela professora Sílvia Letícia Bispo dos Santos, demonstra, de forma lúdica, a importância do DNA e das técnicas da genética molecular para solucionar questões do cotidiano.

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