Estudantes criam dispositivo que alerta sobre a má postura

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Foto: divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Uma ideia criativa e de baixo custo foi a solução encontrada pelos estudantes Eduardo Costa e Márcio Barros, do 3º ano, do Colégio Estadual Antônio Batista, no município de Candiba, localizado no Núcleo Territorial de Educação de Caetité (762 Km de Salvador), para ajudar os colegas a manterem uma boa postura, ao sentarem nas carteiras escolares. Eles desenvolveram, para a Feira de Ciências da unidade escolar, o “Dispositivo Alertador da Má Postura” (DAMP), que possibilita que o aluno seja informado, por meio de um sensor, quando está sentado de forma incorreta. O trabalho também resultou na conquista de uma bolsa anual do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, disse que “são projetos como estes que estamos buscando estimular nas nossas escolas, incentivando os jovens a desenvolverem, na prática, os conhecimentos que são trabalhados junto com os professores em sala de aula”, afirma. Pinheiro cita, também, “que a construção destes projetos criam oportunidades para que os nossos estudantes tenham acesso a bolsas de iniciação científica e participem de mostras e feiras nacionais e internacionais, como a Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), realizada recentemente em São Paulo, onde projetos da rede estadual tiveram destaque”, acrescentou.
 
O estudante Eduardo Costa disse que a grande motivação para o projeto começou na sala de aula. “Com a motivação de participar da Feira de Ciências do Colégio, tivemos a ideia de trabalhar algo que pudesse ser útil para os estudantes. E este assunto da má postura é sempre recorrente na escola. Primeiramente, achávamos que teríamos que desenvolver um produto mais complexo, mas, com pesquisa e dica de um amigo, pudemos realizar um produto de baixo custo e caseiro que atinge ótimos resultados”, conta Eduardo.
 
Segundo o inventor, o dispositivo foi criado com base em uma bateria, um motor e três sensores localizados em pontos distintos da carteira escolar, interligados por fios elétricos. Quando o estudante senta na cadeira, automaticamente o dispositivo é acionado e, caso saia da posição correta, o motor faz a cadeira vibrar alertando o aluno.  
 
Eduardo ainda fala sobre a bolsa adquirida junto ao CNPQ. “Conseguimos inscrever o trabalho para essa iniciativa e receberemos, durante todo o ano de 2017, uma ajuda de custo de R$100 por mês. Também estamos classificados para a próxima Feira de Empreendedorismo, Ciência e Inovação da Bahia (FECIBA) e a ideia é aperfeiçoarmos o produto para, futuramente, pensarmos em sua comercialização”, destaca.
 
Para a professora e orientadora Roberta Marla Costa, o projeto é muito importante porque trabalha a realidade da escola. “O legal é que eles conseguiram produzir algo que pode contribuir para melhorar a postura dos alunos, influenciando diretamente na saúde deles. Por enquanto, o dispositivo está instalado apenas em uma cadeira, como um protótipo, para que possam ser verificadas possíveis necessidades de aperfeiçoamento”, declara.

 

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