Estudantes baianas criam ferramenta para amenizar desperdício de alimentos

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Foto: Arquivo Pessoal
Mais de 931 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas por ano. Este dado alarmante incentivou que duas jovens da cidade de São Miguel das Matas, no interior baiano, criassem uma ferramenta para incentivar a reutilização desses materiais evitando o descarte de maneira indevida. Amanda Andrade e Maiane Fagundes, alunas do primeiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Aldemiro Vilas Boas, desenvolveram o projeto Inovar para Transformar.
 
O objetivo do trabalho, que é orientado pela professora Sheyse Fagundes, é apresentar sugestões de como fazer a reutilização dos materiais através do desenvolvimento de um adubo orgânico e uma horta. “Observamos em nossas próprias casas e em outros espaços, o desperdício de alimentos. Vimos nisso um grande problema. Com base nessa questão, pensamos em encontrar alguma solução. Foi aí que decidimos desenvolver um adubo orgânico e uma horta orgânica especialmente para aquelas pessoas com poucos espaços em sua residência”, afirma a professora.
 
O projeto foi tomando forma após questionários aplicados à população, bem como buscas por tipos de compostagens que pudessem ser utilizadas de forma simples para fazer adubo. “A maioria das pessoas que questionamos tem consciência ambiental, entretanto muitas delas não conheciam medidas de reutilização de materiais. Então, sugerimos algumas formas de como desenvolver em nossas casas um adubo bom e de qualidade. Além disso, mostramos algumas sugestões para pessoas que têm o interesse de possuir uma horta em casa e dispõem de pouco espaço. Apresentamos alguns modelos e a dica é que para desenvolvê-la se utilize como base recipientes reutilizáveis, principalmente plásticos que seriam descartados”.
 
De acordo com Amanda, o projeto foi muito importante para toda equipe, pois mostrou uma nova perspectiva de como transformar o mundo por ações. “Além de descobrir como realizar a compostagem orgânica em nossas próprias casas, aprendemos muita coisa, inclusive a desenvolver a consciência ambiental em nossas atitudes e incentivar as pessoas que estavam ao nosso redor a adotarem práticas mais conscientes e sustentáveis. Isso foi inovador e transformou nossa realidade, nossa forma de observar o mundo e de perceber o quanto nossas ações, mesmo que parecendo pequenas, podem impactar positivamente na construção de um mundo melhor”.
 
O projeto, desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação, faz parte dos selecionados na 9ª Feira de Ciência, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (Feciba). O trabalho também tem o intuito de mostrar a importância da reciclagem de produtos orgânicos e não orgânicos. “Queremos mostrar que alguns exemplos de reciclagem, que serão positivos não só para o lucro, mas para a própria saúde e a do planeta. Deste Modo, nossa pretensão é criar uma página nas redes sociais para divulgar nossas ideias ao maior número de pessoas possível, além de, fazer uma campanha visando reaproveitar as sobras da alimentação escolar e desenvolver uma horta na nossa escola”.
 
Bahia Faz Ciência
 
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação para contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br.
 
Fonte: SECTI BA

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