Estudante de Jequié conquista vagas nos Institutos mais concorridos do país

A curiosidade e a perseverança sempre estiveram muito presentes na vida do estudante Bruno Henrique Almeida, 18 anos, do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, em Jequié, município localizado a 370 km de Salvador, na Região do Médio Rio de Contas. Após três anos focados em seu objetivo, o aluno foi aprovado no vestibular das principais instituições de ensino do país, entre elas, o Instituto Militar de Engenharia (IME), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Academia da Força Aérea (AFA).
 
Com opção pelo IME, Bruno explica como surgiu o interesse pelas disciplinas exatas. “No Ensino Fundamental eu era um aluno de notas medianas, mas sempre tive muita curiosidade pela Ciência e Tecnologia”, confessa. Porém, ao chegar ao Ensino Médio, os símbolos e fórmulas da Física selaram o destino do jovem. “O que me chamou a atenção inicialmente foi a beleza dos símbolos que me criaram um grande interesse em conhecer e aprender o que significavam. Foi tudo tão transformador que pulei de uma nota cinco e pouco, na primeira unidade, para mais de nove, na segunda”, salientou.
 
Ao conhecer a avaliação realizada pelo ITA, que priorizava as disciplinas exatas, Bruno focou em um desafio nada fácil. “Decidi que queria seguir nesta área e ser um aluno da instituição já no primeiro ano do Ensino Médio. Então, paralelamente, comecei a estudar os assuntos programáticos do vestibular do ITA como forma de preparação. Como a metodologia das questões é baseada em respostas que devam ter fundamento e embasamento, eu sabia que deveria estar um passo à frente do que aprendia no nosso currículo regular. Na metade do 2º ano, eu já tinha conseguido passar todo o conteúdo programático cobrado no vestibular”, enfatiza.
 
Além da dedicação, o estudante também salienta que a escola foi um local fundamental para inspirar o seu sonho. “Ainda me lembro do cheiro da biblioteca da escola. As várias horas que passei no local estudando foram muito importantes. Tive sorte de encontrar livros que podiam me ajudar bastante no meu aprendizado. Também participei das aulas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), promovido por alunos de Química e Matemática da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), que promovia um laboratório experimental sobre diversos assuntos da disciplina”, ressalta.
 
Filho de um pai açougueiro e uma mãe comerciante, Bruno destaca o apoio fundamental da família para sua conquista. “Meus pais sempre apoiaram minha decisão de seguir esse caminho. No terceiro ano, consegui uma bolsa para estudar em Fortaleza, exclusivamente voltado para o IME e ITA, e pude me concentrar nos estudos. Eles fizeram um grande sacrifício para me manter por lá e pude retribuir com meu empenho. Quando pude conhecer as duas instituições de perto, optei pela IME, que fica na cidade do Rio de Janeiro”, diz.
 
E para os colegas que querem seguir o seu caminho, o jovem manda um recado. “Não tenham medo de sonhar grande, todos temos condições de chegar longe. Procurem sempre fazer o que gostam, porque nos momentos difíceis sempre terão mais força para levantar”, aconselha.

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