Aula inaugural marca início da formação de professores do Projeto Paulo Freire de Alfabetização da EJA

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Professores alfabetizadores e coordenadores municipais inscritos no Projeto Paulo Freire de Alfabetização da Educação de Jovens e Adultos (EJA) assistiram, na terça-feira (11), à aula inaugural da formação de 285 horas que a Secretaria da Educação do Estado (SEC) promove em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), instituição responsável pela capacitação. A atividade foi realizada de forma virtual, por meio do canal do projeto no YouTube (www.youtube.com/@formaçãoalfapaulofreireuneb).

Imagem: ilustrativa

Inserido no Regime de Colaboração entre o Governo do Estado e os municípios adidos, o projeto Paulo Freire de Alfabetização já conta com a adesão de mais de 80% das 417 cidades baianas e tem como método “As comunidades de práticas e aprendizagens na formação de professores alfabetizadores e coordenadores municipais da EJA, através da modalidade Ensino à Distância (EAD)”. A capacitação, da qual vão participar 3.500 educadores, envolve processos de formação continuada, compartilhamento, inovação e monitoramento de práticas pedagógicas direcionadas a esta modalidade, junto à UNEB, instituição pioneira em cursos e programas de pós-graduação voltados para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A proposta da Secretaria da Educação em relação à política de reparação da Educação de Jovem e Adulto foi enfatizada pelo assessor especial da SEC, Manoel Calazans. “Ressaltamos a importância de esta parceria ser com a Universidade do Estado da Bahia, que já surgiu contendo no seu DNA a forte relação com a formação de professores na Bahia. Para nós, da SEC, é muito importante estarmos com a UNEB nesse processo de formação, dentro desta política de Educação de Jovens e Adultos que resgata e traz a dignidade para a população excluída do processo de escolarização e que tem diversos saberes, mas que precisa retornar à escola”.

A vice-reitora da UNEB, Dayse Lago, também destacou a importância da construção coletiva das políticas educacionais do Estado em prol da EJA. “Esta formação está para além da decodificação de um código da Língua Portuguesa. Ela passa também pela formação e emancipação de sujeitos, porque este é o princípio freireano. Fico feliz de a nossa universidade assumir a formação nesta perspectiva e parabenizo a SEC que vem assumindo com responsabilidade o protagonismo dessa formação continuada de professores, compreendendo a necessidade de formar sujeitos cidadãos e cidadãs do campo, indígenas, que têm os seus saberes e precisam ser incorporados nessa dinâmica de se pensar em uma alfabetização emancipadora”.

Palestra – A coordenadora-geral de Alfabetização de Jovens e Adultos da da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação (MEC), Maria do Socorro Nunes, abordou o tema “Alfabetização de jovens, adultos e idosos: uma concepção freireana para a formação de professores(as)”. A gestora destacou que a EJA precisa ser uma política de Estado e que a participação social é fundamental. “Este é um evento marcante, porque é conduzido pelo único programa de pós-graduação em Educação de Jovens e Adultos deste país. Para mim, é uma honra estar aqui, principalmente porque acabamos de lançar a nossa política nacional para a alfabetização e para a Educação de Jovens e Adultos por meio do Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da Educação de Jovens e Adultos”, disse.

Participaram, ainda, da aula inaugural a superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC, Leninha Vila Nova; a coordenadora de Educação de Jovens, Adultos e Idosos da SEC, Carla Nogueira; a coordenadora da proposta do Projeto de Formação de Professores Alfabetizadores da EJA, Carla Liane dos Santos; a representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Janice Ferreira; e a conselheira da Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, Marlene Silva, entre outros.

Sobre a EJA – A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino voltada para estudantes que trabalham e para aqueles que não tiveram acesso à escolarização em período convencional. A EJA está presente nos 27 Territórios de Identidade, com ofertas de ensino em escolas indígenas, quilombolas e do campo; nas prisões e em áreas urbanas e rurais, contemplando as diversas formas de conceber as realidades locais e práticas de trabalho. Com maior recorrência no turno noturno, são grandes os desafios de permanência dos estudantes trabalhadores, exigindo uma outra abordagem pedagógica e o fortalecimento das políticas educacionais de permanência escolar, como Bolsa Família, Bolsa Presença, Busca Ativa e Pé-de-Meia.

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