Como a oferta dos cursos é alinhada às demandas do desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos Territórios de Identidade, ao concluir o curso, o estudante tem maiores chances de uma inserção cidadã no mundo do trabalho nos lugares onde vive, ajudando a impulsionar este desenvolvimento. Muitos deles, antes de concluir o curso, já têm carteira assinada.

Técnico em formação no Cetep de Itapetinga

É o que atesta o gerente de Manutenção da Brasil Kirin (ex-Schincariol), indústria de bebidas, em Alagoinhas, João Chagas. Ele avalia que os Centros de Educação Profissional suprem uma lacuna histórica para formação profissional no Estado. Ele diz que a indústria já absorveu muitos estudantes ainda na fase de estágio, via Programa Jovem Aprendiz, e que também já contratou muitos formados em áreas como Mecânica e Eletrotécnica. “Nós temos carência de mão de obra qualificada, há vagas disponíveis e uma dificuldade de encontrarprofissionais. O Centro é um diferencial e exerce um papel importante nessa formação específica”, observa.

Leide Antônia, 33 anos, é um exemplo disso. Ela fez o curso técnico em Segurança do Trabalho no Centro Territorial de Educação Profissional Litoral Norte/Agreste Baiano, em Alagoinhas, e comemora as conquistas que a profissão tem lhe proporcionado. “Eu estava desempregada, vendia churrasquinho na porta de casa para ter renda. Do estágio, fiquei empregada em uma grande cervejaria. Já consegui comprar meu carro, minha moto, tudo por meio da profissão que hoje eu tenho”.
 
As melhorias financeiras e das condições de vida são apenas alguns dos benefícios alcançados pelos formados. É o que avalia Higor D’el Reis, 20 anos, Técnico em Informática pelo Ceep em Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro de Melo Vieira, em Ilhéus. “O curso abriu portas para mim, foi fundamental para que eu alcançasse respaldo profissional. Já estou trabalhando em uma empresa de informática. Agora, pretendo buscar mais qualificação, fazer cursos de extensão e tentar ingressar em uma universidade”.