Projetos de estudantes da rede estadual de educação da Bahia ganharam destaque durante a SBPC Jovem Mirim, na 66ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada entre os dias 22 e 27 de julho, na Universidade Federal do Acre, na cidade de Rio Branco. A Bahia apresentou cinco projetos: Sustentabilidade Z; Simulando tornados: a parceria da física com o meio ambiente; Um clique sustentável sobre a ótica de uma pinhole; Iniciação científica: crescendo e pensando ciência e Os mistérios da saúde: o coração. Os temas estão relacionados com as novas tecnologias e os cuidados com a saúde e o meio ambiente.

“O simulador de tornado foi a sensação da SBPC. Um tema atual que conseguiu transmitir, para o público, como o fenômeno acontece de fato. Os estandes nos quais aconteciam as apresentações dos estudantes baianos eram os mais concorridos, e as experiências apresentadas foram enriquecedoras para o evento”, elogiou a coordenadora da SBPC Jovem e Mirim, Tatiane Castro dos Santos. A edição 2014 contou com a participação de 30 trabalhos científicos de estudantes e professores da educação básica de todo o País, e levou mais de quatro mil pessoas ao evento.

A estudante do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC), Roberta Fráguas, que apresentou o projeto “Sustentabilidade Z”, foi uma das mais entusiasmadas com o resultado, e afirma querer continuar com a pesquisa científica: “A SBPC foi a melhor experiência da minha vida. O que vai ficar é saudade e o orgulho de ser baiana e ter representado o meu Estado nesta miscigenação de povos, cultura e ciência. E que venha a próxima”. Isaac Silva, do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, também está realizado com a participação na SBPC. “A ficha ainda não caiu. A SBPC foi uma forma de aprendizagem que me proporcionou conhecer várias pessoas. E com essas pessoas aprendi bastante também”, revela.  

O projeto da câmera pinhole de bambu, apresentado pelos estudantes Felipe Fontes, do Colégio Estadual da Bahia (Central), e por Edmilson Junior, do Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) Severino Vieira, atraiu a curiosidade de muitos jovens e crianças durante a feira. “Eu não fazia ideia de como seria, de como era uma Feira de Ciências, mas foi simplesmente demais. Isso me motivou bastante a seguir em frente com a ciência, além de ver outros projetos interessantes, o que abre nossa mente para novas possibilidades, e dizer a nós mesmos que o limite não existe para aqueles que acreditam e persistem”, comemora Felipe Fontes.

Já Caroline Cerqueira dos Santos, estudante do 7º ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Alfredo Magalhães, enxerga a experiência como um passo inicial para a realização de seu sonho: ser cardiologista. Caroline apresentou o projeto Os mistérios da saúde: o coração, mostrando como as gorduras podem afetar nas taxas de colesterol e aumentar a incidência de problemas como infartos e diabetes. “A SBPC mudou muito a minha vida, me estimulou a estudar mais. Vai me ajudar no futuro porque quero ser médica”, afirmou.

SBPC – Minicursos, oficinas e espetáculos teatrais fizeram parte da programação dos visitantes da SBPC Jovem Mirim, na 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que contou com vários ambientes, como Planetário; Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST); Museu Itinerante Ponto UFMG; Programa AEB Escola (Agência Espacial Brasileira); Mostra Sesc Ciência-Energia; Circo da Ciência; Jogos Educacionais Digitais; Bibliosesc; Palco Cultural; Mesas-Redondas; Oficinas; Minicursos e Visita à ExpoT&C, divididos nas categorias SBPC Cultural, SBPC Jovem Mirim e Exposição de Tecnologia e Ciência, atividades tradicionais do evento. Além dessas, em Rio Branco houve três novidades: a SBPC Indígena, a SBPC Extrativista e o Dia da Família na Ciência.