Projeto de dança mobiliza estudantes e comunidade na escola

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Foto: acervo pessoal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com o objetivo de promover o protagonismo juvenil e maior integração entre os estudantes e a comunidade, o Colégio Estadual Elisabeth Chaves Veloso, localizado no bairro do Cabula VI, em Salvador, criou o Projeto Black Dance. A atividade utiliza recursos teatrais para elaborar coreografias de músicas que retratam o cotidiano e discutir questões como empoderamento, igualdade de gêneros, movimento LGBT e intolerância religiosa, entre outros temas que norteiam a formação desses jovens.   
 
A ação é voltada para a dança de rua e o grupo utiliza canções da música negra nacional e internacional, reforçando o trabalho de identidade cultural e igualdade de gêneros. Para não prejudicar as aulas dos estudantes, os ensaios acontecem na unidade, aos sábados, sempre pela manhã (das 8h às 12h). 
 
“O projeto conta com 30 participantes e é aberto para a comunidade, ou seja, nós temos meninos e meninas egressos da unidade que continuam participando do projeto e, a cada dia, mais jovens procuram nossa escola querendo realizar a seleção para participar do grupo”, relata a coordenadora do Grupo, Francine Costa. A professora conta, ainda, que a fama dos jovens já corre até em outro continente. “Resolvemos coreografar a música “Cala boca”, do cantor angolano Sevendays, postamos um vídeo na internet e chegou até o conhecimento do cantor, que gostou muito e prometeu vir à escola, dançar com os meninos”, comemora. 
 
O estudante João Pedro Ribeiro, 1º ano, está ansioso para dançar com o cantor internacional. “Mesmo estando de férias da escola, estamos ensaiando e aprimorando a coreografia para fazer bonito. É um grande reconhecimento dele com o nosso trabalho, estamos muito felizes”, confessou João. O jovem ainda divide o tempo entre a dança e o futebol, mas diz que a sua maior paixão é a dança e se organiza para não perder as aulas. “Como faço parte da seleção sub-17 do Esporte Clube Bahia, com treinos diários, fico cansado, mas quando chego à escola e começo a ensaiar, conversar com os meus colegas e a professora, o cansaço passa”, conta.  
 
Para sua colega de dança, a estudante do 9º ano, Suede Carina dos Santos, 14 anos, a dança ajudou a melhorar a sua timidez. A jovem conta que sempre admirou pessoas que trabalham com intervenções artísticas, mas não se imaginava participando de um grupo de dança. “Eu era muito tímida, a dança me ajudou bastante. Hoje estou mais desinibida, converso mais e não tenho vergonha de falar em público, até já pensei em seguir carreira na dança”. 
 
Parcerias
O grupo tem parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde os estudantes dos cursos de Teatro e Dança ministram aulas de expressão corporal, comportamento no palco, jogos teatrais e relação com a plateia e promovem rodas de conversas sobre temas sociais.

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