Olimpíada Brasileira de Física premia estudantes da rede estadual

A sexta-feira (07/06) foi de premiação para 32 estudantes da rede estadual da Bahia. Os alunos foram premiados na Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas 2012, nas categorias nacional e estadual. A cerimônia de entrega das medalhas foi realizada à tarde na Reitoria da Universidade Federal da Bahia, no Canela, em Salvador. Antes, pela manhã, o secretário da Educação do Estado, Osvaldo Barreto, recebeu a visita, no edifício-sede da Secretaria, de cinco alunos premiados na Olimpíada.

Estiveram presentes os estudantes Suellen de Almeida, Alípio Souza Silva, Edvânio Campos Macedo e Mônica Santos Souza, do Colégio Estadual Professor José Batista da Mota, no município de Macaúbas,e Reinaldo Rios Alves Junior, ex-aluno do colégio Estadual Abelardo Moreira, no município de Mairi.

Secretário Osvaldo Barreto recebe os estudantes premiados
No encontro, o secretário e os estudantes conversaram sobre motivação educacional, anseios profissionais e, sobretudo, da alegria da conquista do prêmio. “Estou muito feliz com essa vitória de vocês, jovens brilhantes, frutos de uma escola que está motivada, e da participação da família, junto aos professores, funcionários e gestores. É importante que vocês saibam que o trabalho que fazemos na Secretaria da Educação sempre tem como foco principal o estudante e a escola. Estamos aqui, em equipe, atuando com o objetivo de melhorar a qualidade da educação”, disse o secretário Osvaldo Barreto, que atendendo a pedidos dos alunos de Macaúbas, assegurou a construção de uma quadra esportiva na escola.

Suellen de Almeida, 18 anos, estudante da 3ª série do ensino médio, conquistou duas medalhas na competição: prata (premiação nacional) e ouro (premiação estadual). Para ela, a olimpíada pode servir de incentivo para o estudo da física, já que muitos estudantes consideram a disciplina difícil. “Tem que estudar, como se faz com qualquer outra disciplina. A gente aprende e passa a gostar. Ganhar a medalha é um reconhecimento. Essas vitórias mostram que todos têm capacidade para alcançar seus objetivos”, afirma a jovem, que está decidida a ser médica. Emocionado, o pai de Suellen, Sebastião de Almeida, não escondeu o orgulho: “Ela é muito batalhadora, estuda 12 horas por dia. Se Deus quiser, vai ser uma vitoriosa”.

Reinaldo Rios Alves Junior, 16 anos, revela que sua relação com a física foi “amor à primeira vista”. “Ela faz que a gente consiga entender melhor os fenômenos que acontecem no nosso dia a dia. Gosto muito de estudar física, mas fiquei surpreso e muito feliz com essa premiação nacional”, diz o estudante que, atualmente, cursa o 3º ano do ensino médio no Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, em Salvador, e pretende prestar vestibular para Engenharia Mecatrônica. O aluno conquistou medalha de ouro nas duas categorias.

EMITec – Vencedor da medalha de prata na esfera nacional, o estudante Felipe Ferreira, de 15 anos, é aluno do 2º ano do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITec), no povoado quilombola de Barreiros, no município de Itaguaçu da Bahia. Tímido, o garoto, morador do povoado quilombola de Alegre, também localizado em Itaguaçu, falou da alegria e das surpresas que teve com o projeto EMITec. “Acho o EMITec muito bom porque eu posso estudar perto de casa. São 10 minutos, antes eram 40 minutos até a escola. E as aulas são muito boas. Os professores também”. Sobre a afinidade com física, o adolescente fala com simplicidade: “é só estudar. Eu sempre gostei das matérias exatas, mas é só estudar que todo mundo aprende”.

 

“Tem que estudar, como se faz com qualquer outra disciplina. A gente aprende e passa a gostar. Ganhar a medalha é um reconhecimento. Essas vitórias mostram que todos têm capacidade para alcançar seus objetivos” - Suelen de Almeida - estudante



A mãe de Felipe, a professora de Educação Infantil Cirlene Almeida, conta que, hoje, estão todos felizes e orgulhosos com o desempenho escolar de Felipe, mas que logo no início foi difícil convencer o filho de que o EMITec seria uma boa opção. “Eu não tenho nem palavras para descrever esse momento. Agradeço a Deus essa oportunidade que deu para o meu filho poder chegar a algum lugar com seus esforços, com sua inteligência. Quando eu peguei o material do curso, vi logo que era coisa boa. Estava tudo atualizado. Cheguei mais perto dele, fui mostrando como aquilo era bom”, conta Cirlene, que confessa estar mais aliviada em ter o filho perto de casa: “Só de ele não ter que acordar de madrugada já é muito bom. Mas agora ele já entende e adora o curso”.

Alternativa pedagógica – O projeto Ensino Médio com Intermediação Tecnológica (EMITec), da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, atende, atualmente, a 15.838 estudantes, em 146 municípios. O EMITec se constitui como alternativa pedagógica para articular para os alunos o que acontece no mundo com os acontecimentos regionais. Desta forma, em áreas longínquas, onde era remota a possibilidade de levar a oferta educacional, acontecem as transmissões de conteúdos educacionais em sala-estúdio, implantada no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador, via satélite, em tempo real. A meta, em 2013, é atender a 17.578 estudantes em 617 salas conectadas.

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