Indígenas de toda a Bahia participam da Conferência Regional sobre Educação Escolar Indígena

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Fotos: Emerson Santos - Ascom/Educação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mais de 100 indígenas de diferentes etnias da Bahia estão participando da Conferência Regional Yby Yara, que é promovida pela Secretaria da Educação do Estado. A atividade, começou ontem com a presença do subsecretário da Educação do Estado, Nildon Pitombo, e segue até esta sexta-feira (1), no Hotel Vila Velha, em Salvador. Trata-se de uma das etapas preparatórias para II Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (CONEEI), que acontecerá de 12 a 14 de dezembro, em Brasília.
 
A Conferência Regional tem como tema “O Sistema Nacional de Educação e a Educação Escolar Indígena: regime de colaboração, participação e autonomia dos povos indígenas”. Dentre os objetivos, destacam-se: avaliar os avanços, impasses e desafios da Educação Escolar Indígena a partir da I CONEEI, construir propostas para a consolidação da política nacional de Educação Escolar Indígena, reafirmar o direito a uma Educação Escolar Indígena específica, diferenciada e multilíngue, ampliar o diálogo para a construção de regime de colaboração específico para a Educação Escolar Indígena e o fortalecimento do protagonismo indígena.
 
O coordenador estadual de Educação Escolar Indígena, Rafael Truká, destacou a importância da Conferência. “Ela é essencial, pois traz discussões sobre a Educação Escolar Indígena, sobre o que, de fato, nós queremos com isso como políticas de etnoterritórios, o Sistema de Educação Escolar Indígena e temáticas como a valorização dos professores, das práticas pedagógicas, os currículos das escolas indígenas e as diretrizes para o próximo quadriênio. Desta etapa vai sair um documento final estruturando em cinco eixos, com cinco propostas, para a Conferência Nacional, para que possa orientar as diretrizes da Educação Escolar Indígenas nos próximos quatro anos”.
 
A diretora de Políticas de Educação do Campo, Indígena e Educação para as Relações Etnicorraciais, do Ministério da Educação, Rita Potiguara, ressaltou o apoio da Secretaria da Educação do Estado nas discussões. “A Secretaria da Educação do Estado da Bahia tem se colocado neste lugar de debate e está procurando soluções para as questões apresentadas. Os povos indígenas estão satisfeitos, porque foi desencadeada uma agenda de trabalho com a Secretaria a partir dos encaminhamentos das demandas postas pelos povos indígenas. Deste diálogo, apostamos que trará melhorias para as políticas de Educação Escolar Indígena”, afirmou.
 
Para o professor indígena da Escola Estadual Indígena Tupinambá de Olivença, José Carlos Batista Magalhães, a Conferência está sendo muito produtiva. “Essa etapa regional é muito importante para nós povos indígenas da Bahia, porque serve como um termômetro para medir e avaliar a situação da Educação Escolar Indígena. As diretrizes que serão tiradas, a partir desta Conferência, ajudarão na melhoria de políticas dentro dos estados e municípios”, avaliou.

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