Estudantes mobilizam comunidade no combate ao Aedes aegypti

Foto: Claudionor Jr. - Ascom/Educação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A luta contra o mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya continua mobilizando os estudantes da rede estadual. No Colégio Estadual Thales de Azevedo, no bairro do Costa Azul, em Salvador, durante quatro meses, os estudantes fizeram entrevistas, dialogaram com a população e recolheram material sólido que poderia servir para a proliferação das larvas do Aedes aegypti. Nesta sexta-feira (8), na culminância do projeto interdisciplinar, nove salas apresentaram os resultados do projeto, que promoveu a sensibilização dos estudantes, professores, funcionários e da comunidade do entorno sobre a prevenção e combate permanentes ao mosquito. 
 
Logo no hall do colégio, foi feita uma exposição de sacos com resíduos sólidos, sobre uma folha de papel metro, com o questionamento ‘Quem é responsável por isto?’. Os sacos de lixo continham copos e pratos descartáveis. “Localizamos os focos em alguns ambientes externos da escola, fizemos uma limpeza coletiva e colocamos o material coletado dentro de sacos de lixo na entrada da nossa escola, para chamar a atenção de toda a comunidade estudantil sobre a necessidade de cuidar do espaço educacional, visando evitar a proliferação de mosquitos, ratos e baratas, bem como a poluição do solo e da paisagem”, revelou a estudante Mariana Hermes, 16 anos.
 
O resultado do projeto, com as turmas do 2º ano do Ensino Médio, é percebido no cotidiano da escola. “Houve uma completa mudança da nossa consciência. Observamos que, hoje em dia, já temos o cuidado de direcionar o lixo para os locais adequados. Além disso, estamos vigilantes para que não haja mais acúmulo de copos plásticos ou outros objetos que favoreçam o acúmulo de água”, destacou o aluno Gabriel Oliveira, 16.
 
 
 
Pesquisa de campo
Para a realização do projeto, explicaram os estudantes Pedro Ferreira e Rosana Sousa, ambos 16 anos, a sua turma foi a campo na Lagoa dos Frades, no bairro do Stiep, para entrevistar a população local e colher dados sobre os hábitos domésticos em relação à prevenção do mosquito. “Além de gravarmos um vídeo com os focos que encontramos, dialogamos com os guardas municipais que atuam no local e com lideranças vizinhas e interagimos com trabalhadores e moradores do entorno, aplicando um questionário e distribuindo folhetos com informações sobre formas de prevenção de doenças e combate ao mosquito para pescadores e transeuntes”, disse Pedro.
 
A criatividade deu a tônica nas apresentações em salas de aula, que foram avaliadas por uma banca de professores da escola. A professora de Biologia, Leida de Oliveira, uma das coordenadoras do trabalho, ressaltou que a dedicação dos estudantes ao projeto pode ser observada na exposição de fotografias com os registros das ações; nas parodias e nos jogos pedagógicos criados por eles e nos murais e cartazes contendo textos e imagens, entre outros conteúdos. “É importante valorizarmos o protagonismo juvenil para o exercício da cidadania. Durante o projeto, em sua segunda edição, cada estudante aprendeu a enfrentar e a vencer desafios, a trabalhar coletivamente e a fazer um mundo com mais justiça socioambiental”, declarou.
 

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