Estudantes de Teixeira de Freitas desenvolvem casa biodegradável para animais domésticos

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Os estudantes do curso técnico em Química, do Centro Territorial de Educação Profissional do Extremo Sul (CETEP), localizado em Teixeira de Freitas, no Extremo-Sul do Estado, desenvolveram uma casa biodegradável para animais de estimação utilizando o bagaço da cana-de-açúcar como matéria-prima. O projeto tem o objetivo de contribuir para a diminuição do impacto ambiental causado pela decomposição do bagaço, geralmente descartado no lixo de forma inadequada.

O bagaço, abundante na cidade devido à presença de indústrias alcooleiras e plantações de cana-de-açúcar, foi coletado em lanchonetes que vendem caldo de cana. Para a construção das placas utilizadas como estrutura da casa, os estudantes fizeram várias pesquisas para obter um aglomerado forte, sustentável e de boa qualidade.

O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, destaca que a Secretaria tem estimulado o desenvolvimento de projetos com foco na resolução de problemas enfrentados pelas comunidades onde as escolas estão inseridas. “Através de projetos estruturantes, a Secretaria incentiva os estudantes no desenvolvimento de projetos inovadores que aliam o conhecimento obtido em sala de aula com atividades práticas, com foco na sustentabilidade e na resolução de gargalos, com foco no social”.

Renan Ramos Sousa, 22, falou sobre a utilização do material. “Fizemos a casa para mostrar que o aglomerado de baixo custo pode substituir o compensado de madeira e, também, pode ser usado na fabricação de outros produtos como móveis, blocos de construção e vasos de plantas. Outra questão importante é que por ser orgânico, o aglomerado é antifúngico e biodegradável”, afirma o estudante.

Seus colegas Vinicius Amerik Costa, 18 e Luiza Souza Gonzaga, 18, destacaram a importância do projeto. “É uma alternativa de intervenção na sociedade para evitar o impacto no maio ambiente”, diz Vinicius. Já Luiza completa que “é um projeto inovador no qual nos dedicamos muito para solucionar um problema tendo como foco a sustentabilidade”.

A professora e orientadora do projeto, Franciele Soares, ressalta que “podemos entender essa construção como um passo para o desenvolvimento sustentável, reaproveitamento de materiais, iniciação cientifica para o ensino médio técnico e principalmente no que tange a pesquisa aliada ao regional pois, a mesma explora materiais que temos no Extremo Sul, a cana de açúcar”.

Produção do aglomerado
O compensado foi feito através da trituração do bagaço de cana adicionado em um balde contendo o produto “barrilha leve”, também conhecido como carbonato de sódio. Após a mistura descansar por 12 horas, o conteúdo foi lavado para a retirada dos resíduos, levado à fervura com água e depois batido no liquidificador por cerca de cinco minutos. A solução obtida foi adicionada a uma goma feita com uma xícara de água, 1 kg de farinha de trigo e 1 litro de resina. Além disso, misturou-se o material com algumas gotas de formol. A massa formada foi moldada dentro de uma forma forrada com um plástico, que ficou secando por aproximadamente quatro dias. Agora retire delicadamente a massa já seca de dentro puxando o plástico para fora. Depois de completamente seco, passou-se verniz ou impermeabilizante na placa.
 

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