Estudantes de Juazeiro criam projeto de Física para melhorar rendimento de jogadores nas cobranças de pênalti

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em tempos de Copa do Mundo, os estudantes do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, localizado em Juazeiro (529 km de Salvador) criaram um projeto inspirador para jogadores e técnicos de futebol. Com o objetivo de melhorar o rendimento dos jogadores nas cobranças de pênalti durante as partidas, os estudantes Ricardo Ferreira, Rafael Vieira, Leticia Gonçalves, Leticia Maciel e Ana Luísa Souza, todos com 17 anos e fazendo o 3º ano, desenvolveram o projeto “Física Aplicada ao Futebol”. Para isso, eles utilizaram os conceitos de Física como Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) e Movimento Retilíneo Uniforme Variado (MRUV), para analisar o movimento dos jogadores e da trajetória da bola.

Segundo o estudante Ricardo Gabriel Ferreira, a ideia do projeto surgiu depois que um dos atletas do time de futebol do colégio perdeu em uma cobrança de pênalti na final dos Jogos Escolares 2017. “Nós vimos a oportunidade de fazer algo para melhorar o rendimento dos atletas. Inicialmente, gravamos um vídeo para captar os movimentos durante uma cobrança de pênalti. As imagens foram editadas e analisadas, buscando construir uma escala que relacionasse o tamanho do objeto com o tamanho da imagem. Posteriormente, foi medido o deslocamento da bola em alguns intervalos de tempo, servindo como base para construir um gráfico que representasse o deslocamento da bola em função do tempo, possibilitando encontrar uma função que caracterizasse o movimento”, explica.
 
Seu colega Rafael Vieira afirma que o projeto foi feito com o intuito de auxiliar os educadores físicos a fazerem uma análise quantitativa nos atletas. “Com a nossa pesquisa é possível calcular a velocidade do chute e com essa informação, o educador pode fazer um trabalho diferente com aquele que possui um chute menos veloz que os demais”, informa.
 
Após a conclusão dos estudos do projeto, os estudantes passamos os dados para o professor orientador Tiago Rodrigues e fizeram o teste nos Jogos Escolares 2018. “Foi observado a melhoria de rendimento dos atletas, pois houve duas penalidades e ambas foram convertidas, ou seja, eles conseguiram fazer os gols. Além disso, o projeto ajuda, também, em chutes de longa distância, ajustando o posicionamento dos atletas para que venham adquirir mobilidade e acertem o alvo com uma certa velocidade”, destaca Ricardo Gabriel, ao informar também, que eles pretendem expandir o projeto para outros esportes.

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