Estudantes de Alagoinhas identificam problemas ambientais

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A degradação da Lagoa Cavada, na cidade de Alagoinhas, se transformou em objeto de estudo para os estudantes Daniel Santos e Naomy Brito, do curso técnico em Meio Ambiente do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP), do Agreste Alagoinhas/Litoral Norte. O projeto de pesquisa intitulado “Identificação de poluentes e dos principais problemas ambientais da Lagoa Cavada, Alagoinhas –BA”, foi apresentado, nesta quarta-feira (26/09), na 11ª Feira de Ciências e 2ª Mostra de Iniciação Científica (FEMMIC 2012), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) - campus de Catu.   

A Lagoa Cavada é um importante manancial de Alagoinhas e, há alguns anos, era destinada ao lazer, pesca e até banho. Atualmente, se transformou em depósito de lixo e destinação para esgotos domésticos. “A avaliação in loco da lagoa, nos permite observar, apesar da presença de patos e garças no local, o grande acúmulo de lixo, águas escuras e fétidas, proliferação de mosquitos e a ausência de esgotamento sanitário na área do entorno”, informou a professora Alessandra Maria Flores, orientadora da pesquisa.

Estudo em várias etapas – Até compor o diagnóstico, os estudantes cumpriram várias etapas da pesquisa. Primeiro, realizaram aulas de campo para observar quais fatores estariam impactando este ecossistema. Depois, prepararam e aplicaram questionários junto aos moradores de conjuntos habitacionais no entorno do manancial. Por último, eles coletaram amostras da água que foram analisadas por técnicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae).

A professora orientadora Alessandra Maria Flores explica por que os resultados obtidos são alarmantes. “A temperatura da água está altíssima, o que contribui para a proliferação de mosquitos. Outro resultado que impacta é o alto índice de turbidez da água, indicando uma quantidade de sólidos dissolvidos na água, o que comprova o processo avançado de poluição. “A poluição é tanta que pode atingir o aquífero de São Sebastião, cuja água cristalina é considerada uma das melhores do mundo e impulsiona a economia da cidade”, alerta.

De acordo com Alessandra, o projeto tem a função de chamar a atenção para o problema ambiental e a necessidade da adoção de políticas públicas como a de saneamento básico e esgotamento sanitário no entorno da Lagoa. Junto à população, a expectativa é promover a conscientização para uma melhor qualidade de vida. A professora destacou que ações como esta “reforçam princípios e diretrizes da Educação Profissional da Bahia, que visa preparar jovens trabalhadores para uma inserção cidadã na vida social e no trabalho, de modo que atendam às demandas do desenvolvimento socioeconômico e ambiental das cadeias sócioprodutivas locais e dos Territórios de Identidade onde vivem”.

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