Estudantes de Abrantes mergulham na história em aula de campo no Pelourinho

Palavras-chave:
Foto: divulgação
A história da Bahia, especialmente a Diáspora africana, foi analisada pelos estudantes do Colégio Estadual de Vilas de Abrantes (CEVA), localizado em Camaçari, (41 km de Salvador), em uma aula de campo no Centro Histórico de Salvador, nesta quinta-feira (22). A atividade pedagógica é parte do projeto interdisciplinar “CEVA: saberes, conexões, comunidade”, que tem como objetivo despertar nos alunos o aprendizado sobre pertencimento, identidade e cultura do povo negro. A ação foi protagonizada por 80 estudantes da unidade, que visitaram a Igreja de São Francisco, no Terreiro de Jesus, bem como a Casa do Benin e os museu da Gastronomia e dos Orixás.
 
Ao todo, 207 estudantes estão envolvidos no projeto coordenado pela professora de Filosofia Valmira Daltro, que acompanha os estudantes. Durante a atividade, os estudantes conheceram a história das comidas tradicionais e típicas do povo negro e das religiões de matrizes africanas. A educadora destacou o significado do projeto. “Tem uma frase de Sócrates que diz: ‘conheça a ti mesmo’. Partindo deste princípio, vejo o quanto é importante os nossos alunos conhecerem a fundo a história de seu povo, de seus antepassados, trazendo a sua história e cultura para eles. Todos foram pela primeira vez ao Centro Histórico de Salvador e ficaram animados e curiosos para conhecer os detalhes de cada ambiente, as suas raízes e o valor de suas culturas”, destacou a professora.
 
A estudante Adila Graciele Santana de Oliveira, 15, do 1º ano do Ensino Médio, foi uma das que ficaram encantadas com o passeio pedagógico pelo Pelourinho. “Estou muito emocionada de conhecer de perto a história do povo negro, de saber sobre nossas culturas e costumes. Aprendi muito e volto para a minha escola e para minha comunidade com ainda mais orgulho da minha cor”, atestou. O colega Demis Gabriel dos Santos, 18, 3º ano, disse que aprender mais sobre a cultura negra trouxe riqueza ao seu aprendizado. “Foi muito legal aprender tudo que vi hoje. Ter aulas assim, através de passeios, indo aos locais, ver tudo de perto, fixamos melhor o conteúdo em nossas cabeças. Esse contato com a nossa história e cultura é muito importante”, opinou.
 
No final da terceira unidade, as atividades culminarão em uma apresentação para a comunidade escolar e visitantes, com os resultados das vivências desta visita ao Centro Histórico de Salvador e de outras atividades, feitas no colégio, voltados à cultura negra e ao protagonismo estudantil

Notícias Relacionadas