Estudantes celebram a influência africana no Brasil

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para comemorar o dia da África (25/5), o Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, no bairro Caixa D’água, em Salvador, realizou, nesta quarta-feira (31), uma roda de conversa com o tema “Patrimônio Afro-Brasileiro: Reflexões e valorização”. O evento contou com a participação de Lívia Maria de Santana Vaz, promotora de Justiça, Trícia Calmon, especialista em Políticas Públicas de Gênero e Raça, e de Alexsandro Reis, superintendente de Desenvolvimento da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (SETRE).
 
Na oportunidade, foram abordadas questões sobre o negro na sociedade, representatividade, cultura afro-brasileira, desigualdades econômica e social, formação dos quilombos e a implementação da Lei nº 10.639, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas redes públicas e particulares da Educação.  
 
“Nós realizamos esse seminário desde 2007 como atividade de formação continuada para os docentes e os profissionais de Educação de uma maneira em geral. Trazemos diversos temas com a intenção de celebrar a África, estimular a valorização da cultura africana e fortalecer o discurso para compartilhar esses conhecimentos. E, este ano, fizemos uma experiência diferente, trouxemos os nossos alunos para esta conversa, porque eles são desta comunidade e nós precisamos trabalhar a identidade deles”, explica a coordenadora do evento, Darci Xavier.
 
Na plateia, envolvida pelos temas e de olhos atentos a cada fala do palestrante, estava Cassiane Vitoria Santos dos Anjos, 16, 9º ano, estudante do Colégio Estadual Anísio Teixeira. “Estou achando interessante conhecer um pouco da minha história, saber que somos maioria e que, ainda assim, há racismo ou desconforto quando um negro chega em alguns ambientes ou ocupa algum cargo de gestão. Precisamos lutar pela nossa liberdade, porque ainda somos rotulados e associados a empregados e brancos aos patrões” pontuou Cassiane.   
 
Sua colega Alana Lima de Souza, 16, 9º ano, também estava atenta e conta que o que mais lhe chamou a atenção foi a palestra de Trícia Calmon, que fez uma reflexão sobre patrimônio, a cultura trazida da África para o Brasil e a desigualdade econômica em relação aos negros no país. “Gostei de saber que produzimos cultura, mas que é totalmente desvalorizada pela sociedade. É bom participar de debates como este para ficar informada de coisas como estas e conhecer mais sobre a cultura negra. Tenho o cabelo natural, crespo e sei que em muitos lugares não sou aceita”, observou a estudante.
 

Daniel Sobral Soares, 17, 9º ano, do Centro Educacional Carneiro Ribeiro -  Classe II, gostou de aprender mais sobre os quilombos com o superintendente da SETRE, Alexsandro Reis. “Conhecia pouco sobre a formação dos quilombos. Tem que fazer parte do nosso aprendizado da história do Brasil e da cultura afrodescendente. O professor trouxe informações importantes e necessárias. A história de luta dos quilombolas no nosso país e no mundo é muito interessante”. 

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