Estudante de Feira de Santana é convocada para a Seleção Brasileira de Orientação

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Fotos: divulgação
A estudante Geovanna Teles Mineiro, 15 anos, 2º ano do Colégio Estadual Rotary, em Feira de Santana, foi convocada pela Confederação Brasileira de Orientação para compor a Seleção Brasileira de Orientação, que irá disputar o Campeonato Mundial Junior de Orientação, entre 6 e 12 de julho, na Dinamarca. A Corrida de Orientação, ou simplesmente orientação é uma modalidade desportiva que usa a natureza como campo de jogo. É um desporto em que o praticante tem que passar por pontos de controle (PCs) marcados no terreno, no menor tempo possível, com o auxílio de um mapa e de uma bússola.
 
Geovanna se prepara para o Campeonato Mundial Junior de Orientação, junto ao irmão Guilherme Teles Mineiro, ex-estudante da rede estadual e agora aluno de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Ele também está entre os três jovens baianos que irão para a Dinamarca. A outra estudante é Thalia Natalli, 15, 2º ano, do Colégio Militar de Salvador.
 
Geovanna conta que está treinando bastante, mas não esconde a ansiedade com o novo desafio e comenta os benefícios do esporte no seu processo de ensino e aprendizagem. “Vou disputar com seleções do mundo inteiro e isto dá uma ansiedade. Mas estou feliz com a oportunidade de participar de mais um campeonato do esporte que me atrai pelo inusitado de cada corrida e pelo seu caráter interdisciplinar. Em cada aventura são novas emoções, novos mapas, novas rotas e é sempre uma oportunidade de testarmos os conhecimentos das aulas de Biologia, Geografia, Matemática, Física. Isto porque precisamos, por exemplo, saber ler o mapa com precisão, calcular distância, velocidade. Por se tratar de um esporte que estimula o raciocínio, acaba trazendo benefícios no rendimento escolar”, relata a estudante.
 
A atleta, que recebe ajuda de custo da Superintendência dos Desportos (SUDESB), começou no esporte aos 11 anos, e, desde então, já coleciona vários títulos: campeã no Campeonato Baiano de Orientação (2015); na Copa Nordeste de Orientação (2016); no Campeonato Brasileiro de Orientação (2017); e no Campeonato Sulamericano de Orientação (2017). A estudante tem como treinadora a mãe e professora de Ciências, Érika Teles Mineiro, do Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand. E foi, a partir do projeto de orientação desenvolvido no Assis Chateaubriand que Geovanna acabou, por estímulo da mãe, se envolvendo no esporte.
 
Orgulhosa pelos filhos, a professora Erika diz que a prática esportista no colégio, idealizada pela professora de Educação Física, Denize Mendonça, e disseminada entre os educadores das outras disciplinas, tem contribuído para desenvolver uma série de competências e habilidades dos estudantes. “Eles aprendem a usar a bússola; ganham noções de Cartografia; e são estimulados a pensar na Matemática e na Física, por conta dos cálculos de deslocamentos. Além disso, são sensibilizados em relação à necessidade de preservação da natureza, bem como conhecem locais históricos e praticar os princípios da cidadania nas comunidades que acontecem os torneios”, enumera.
 
Projeto pedagógico
Desde 2015, os estudantes do Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand participam do projeto social interdisciplinar de orientação. Dois anos depois, o esporte foi implantado na escola como conteúdo da grade curricular do 9° ano do Ensino Fundamental II. Com isso, os alunos passaram a ter aulas expositivas e práticas, o que levou à adesão de 85 estudantes no campeonato interno daquele ano. Os treinos, que são realizados na área da escola e no Parque da Cidade de Feira de Santana, são focados em estudos de mapa, aprimoramento dos conhecimentos de orientação e no uso da bússola, bem como no desenvolvimento do condicionamento físico (resistência, velocidade e agilidade).
 
O estudante Álvaro Vinícius Alves, 17, 2º ano do Centro Integrado de Educação Assis Chateaubriand, é um dos 85 estudantes que participam do projeto e fala como a prática contribuiu para a melhora do seu rendimento escolar. “Nunca tinha me interessado por esportes até os professores da minha escola me estimularem a participar. Fui debaixo de chuva e me apaixonei, pois é uma aventura junto à natureza, e isto eu gosto muito. Já tenho dois anos e meio que pratico e o saldo positivo reflete bem nos estudos, porque minhas notas e o meu comportamento melhoraram e meu raciocínio ficou mais rápido”, conta o aluno, que coleciona as medalhas de campeão no Campeonato Metropolitano; vice-campeão no Campeonato Nordestino, em Porto de Galinha; e de terceiro lugar no Campeonato Baiano, todos no ano passado. Este ano, já é campeão na primeira etapa do Campeonato Baiano 2019. 

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