Escola incentiva protagonismo estudantil em projeto sobre cidadania

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Foto: Claudionor Jr. - Ascom/Educação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O movimento nos corredores, os cartazes fixados nas salas de aulas e as apresentações de teatro, dança e música sinalizam que o protagonismo estudantil está sendo colocado em prática no Colégio Estadual Padre Palmeira, situado no bairro de Mussurunga, em Salvador. A motivação é o projeto interdisciplinar ‘Cidadania Conectada’, que está sendo realizado na unidade até a próxima terça-feira (11).
 
Com o objetivo de trabalhar o tema geral a partir de subtemas interligados – como o esporte, o cinema, a literatura, a diversidade cultural, a sustentabilidade e o patrimônio escolar –, os alunos estão aprendendo que cidadania vai muito além das atitudes diárias, a exemplo de não jogar lixo na rua. “Cidadania deve ser enxergada dentro de um contexto planetário, através da concepção de construção de um mundo com mais justiça, igualdade e direitos humanos para todos”, pontua o diretor Flávio de Oliveira.
 
Cada turma dos Ensinos Fundamental e Médio e da Educação para Jovem e Adulto (EJA) abraçou uma temática, conectando-a à  questão da cidadania. Para a estudante Nilma Pereira, 15, que junto a outros colegas investiu no conhecimento sobre a clonagem, compartilha a opinião de que pesquisar é o começo do processo de ensino e aprendizagem. “Quando trabalhamos em equipe, trocamos mais ideias e, assim, aprofundamos nos conteúdos. Desse modo, vamos construindo coletivamente o nosso conhecimento e passamos a ter uma maior compreensão da realidade em que vivemos, nos tornando pessoas mais conscientes dos nossos direitos e deveres para um mundo mais cidadão”, acredita.   
 
Os temas estudados, explica o estudante Alexandre Souza,15, 1º ano, estão sempre ligados à cidadania. A histórica carência de medalhas do Brasil nas Olimpíadas, por exemplo, apontada como um problema a ser solucionado, foi diagnosticado a partir de questões econômicas, como a relação do Produto Interno Bruto (PIB) com o desenvolvimento social e o incentivo ao esporte. “Este projeto nos incentiva à pesquisa e isto faz com que a gente adquira informações importantes para a nossa formação como estudante e cidadão, o que nos fará lutar pela resolução dos problemas que nos afligem”.
 
A professora de Língua Portuguesa, Maria Clara Reimão, destaca que a partir da realização do projeto, os estudantes aprenderam a lidar com as diferenças e as dificuldades que surgiram ao longo do processo. “Eles se envolveram na pesquisa virtual e no trabalho de campo a exemplo da visita à Fundação Jorge Amado para colher informações sobre as obras do autor baiano. O resultado foi a encenação da adaptação do livro ‘A morte e a morte de Quincas Berro D´Água’, na qual os alunos trabalharam questões como preconceito social e afetividade”.

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