Colégio Odorico Tavares promove diálogo sobre diversidade

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Foto: Claudionor Jr. - Ascom/Educação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com o objetivo de estimular o respeito à diversidade e as diferenças, os estudantes do 2º e 3° ano do Colégio Estadual Odorico Tavares estão participando do II Diálogos Pertinentes: Gênero e Sexualidade e da 1ª Mostra de Arte e Sexualidade e Gênero. As atividades compostas por palestras e debates sobre a temática acontecem, nestas segunda e terça-feira (10 e 11), no anfiteatro da unidade escolar.
 
A ação foi idealizada pelos professores da área de humanas e conta com a participação de estudiosos convidados. Dentre as questões abordadas destacam-se: desigualdade de gênero, o espaço da mulher no mercado de trabalho e na política, mulher negra e religiosidade, beleza e sexualização da mulher negra, incorporação da diversidade nos estudos de gêneros e homofobia.
 
“A intenção é alertar para a diversidade existente dentro da escola como um reflexo da sociedade atual. As discussões e palestras são importantes porque promovem o combate à homofobia e ao preconceito racial para que seja criada uma cultura de aceitação da diversidade”, destaca a professora de Sociologia, Madalena Santos.
 
Além das discussões, também está sendo realizada uma exposição de trabalhos artísticos dos estudantes. São cartazes, imagens, textos e poemas que mostram suas reflexões e percepções sobre os temas abordados no evento. Este é o caso do estudante John Edson Gonçalves, 20 anos, do 2° ano, que escreveu o poema “Mulher”. “Acho essencial esse tipo de diálogo na escola para combater o machismo e o preconceito que prendem o desenvolvimento ideológico das pessoas. No meu poema eu retrato a força, a revolução e o protagonismo da mulher na sociedade. A minha inspiração é minha mãe, que é um exemplo de mulher negra e guerreira”, explica.
 
 
Larissa Bucão, 17, do 2° ano, também declamou o poema autoral sobre feminismo e está feliz com esta troca de conhecimentos. “Estou gostando muito das abordagens dos temas e a que me chamou mais atenção foi sobre a história da mulher negra na Bahia. Acho importantes essas contribuições porque não vemos nomes de mulheres negras sendo destacados, apenas de figuras masculinas como Zumbi dos Palmares”, afirma a estudante.
 
A teólogo e historiadora, Gicélia Cruz, que foi umas das mediadoras das discussões realizadas, nesta segunda-feira (10), ressalta que “estes momentos de reflexão são muito válidos para a formação da identidade étnico, racial e cultural desses jovens estudantes”, conclui.
 
A programação segue, nesta terça-feira (11), a partir das 9h, com mais debates e um desfile dos estudantes sobre diversidade.

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