5º Encontro Estudantil - Pataxós realizam oficinas sobre a cultura e tradições indígenas

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A cultura, a crença e os elementos da natureza utilizados nos rituais indígenas estão sendo apresentados nas “Oficinas Indígenas”, como parte da programação do 5º Encontro Estudantil da Rede Estadual, promovido pela Secretaria da Educação do Estado, na Arena Fonte Nova, com projetos de arte, cultura, ciência, inovação, empreendedorismo e tecnologia, desenvolvidos pelos estudantes da rede estadual. A oficina indígena é realizada pelos estudantes e professores da etnia Pataxó, acontece no nível 4, envolvendo palestras, rodas de conversas, exposição e realização de pintura corporal.
 
O professor Ubiracy Pataxó, do Colégio Estadual Indígena de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, a 755 Km de Salvador, na região Sul, está ministrando as oficinas e fala sobre a importância do Encontro para a Educação Indígena. “Já falamos sobre o canto Pataxó, da relação do canto com a nossa vida, aquele canto que toca a alma. Agora estamos com a oficina de pintura corporal, mostrando a relação das cores para nós Pataxós, qual o material utilizado e o que elas significam para nós. Esta relação com as pinturas tem tudo a ver com a gente não só indígenas, mas com o negro, o branco, porque nos pintar nos faz bem e nos faz aparecer para o mundo”.
 
 
Empolgada com a oficina estava a professora de Língua Portuguesa, Janildes Chaves, do Colégio Estadual Grandes Mestres Brasileiros, em Matina, a 910 Km de Salvador, no Centro Sul. Ela falou sobre este aprendizado. “É bom que os estudantes tenham esse contato direto com outras culturas, porque eles conhecem apenas pelos livros, que camuflam muito a história. E eles estão encantados, porque retiram da mente o só viram nos livros, nas revistas em quadrinhos ou na televisão”, declara.
 
Ana Isabel Gomes, 18, veio do município de Glória, a 444 km de Salvador, no Vale do São Francisco, e participou, ativamente, da oficina de pintura. Para a jovem foi enriquecedor o contato direto com os indígenas. “Gostei muito de participar desse momento. Saber sobre a importância de cada cor, a fé em relação à cura, as plantas medicinais e os elementos da natureza. O contato com os indígenas é meio desconhecido para muitos que moram na cidade. Está sendo muito bom partilhar da cultura com eles”, comenta.
 

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