Instituído pelo Governo do Estado da Bahia em 2007, o Prêmio Cosme de Farias reconhece as experiências e ações dos municípios e entidades sociais parceiras que se destacaram na redução do índice de analfabetismo, por meio da execução doPrograma Todos pela Alfabetização (Topa). A terceira e a quarta etapa da premiação contaram com um total de 65 inscritos. Confira os vencedores

Os vencedores são escolhidos por um comitê formado por 15 representantes da sociedade civil em cinco categorias: Município, Entidade da Sociedade Civil, Alfabetizador, Coordenador de Turma e Tradutor-intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Os primeiros colocados de cada uma delas recebem, respectivamente, R$ 40 mil, R$ 20 mil, R$ 10 mil, R$ 5 mil no caso das duas últimas categorias.

Uma das experiências premiadas na terceira etapa do prêmio foi a da Associação de Aposentados e Idosos da Previdência de Canudos. Com 14 turmas do Topa na sede e na zona rural do município, além de ensinar a ler e escrever, a entidade dá lições de cidadania. Com o projeto Vassoura Pet, os alunos coletaram garrafas pet que poluíam a cidade e transformaram as garrafas em vassouras. “Trabalhamos para beneficiar a comunidade.

Por meio de projetos que buscam cuidar do município e acabar com a monotonia em sala de aula, geramos interesse nos estudantes, estimulando-os participar das atividades e a aprender” disse Adriana Nunes de Sena, secretária da Associação. Já na quarta etapa do prêmio, um dos destaques foi a experiência da educadora Raquel Deraldina Gomez. Vencedora na categoria alfabetizadora, Raquel vai ao encontro dos seus alunos, pacientes renais, na Clínica de Hemodiálise de Jacobina. “A experiência de vida desses estudantes faz a diferença da turma. Aprender a ler e a escrever lhes devolve a auto-estima e ameniza a dor causada pelo tratamento”.

Homenagem – O prêmio faz uma homenagem a um nome reconhecido por lutar em causas populares, sobretudo no combate ao analfabetismo. Entre os trabalhos desenvolvidos por Cosme de Farias, está a criação, em 1892, da Campanha do ABC, distribuindo milhares de cartilhas no País, quando ainda tinha 14 anos. Já em 1915, criou a Liga contra o Analfabetismo, e criou e manteve, durante mais de 60 anos, quase 200 escolas para alfabetização de jovens e adultos.