Estudantes realizam festival de valorização da cultura africana

Com o tema Fazendo Ciência Experimentando Conexões entre África e Brasil com o Mancala, os estudantes do ensino médio do Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, em Salvador, realizaram, nesta quarta-feira (18/12), o II Festival Cultural. O evento teve o objetivo de chamar a atenção do aluno para a aprendizagem da cultura e história africana e afro-brasileira, além de comemorar os 10 anos da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas redes públicas e particulares da educação.

Na coordenação do projeto, está a professora de História Elizabeth de Jesus Silva, que, em parceria com o grupo de pesquisa História da Cultura Corporal, Esporte e Lazer (HCEL), da Universidade Federal da Bahia (Ufba), ofereceu o suporte para a aprendizagem dos estudantes. “O projeto existe desde 2008, mas recentemente fizemos uma parceria entre Escola e Universidade que possibilitou ao estudante adquirir um conhecimento ainda maior sobre o assunto durante o decorrer do ano letivo. Eles participaram de seminários e oficinas utilizando os espaços do grupo na Ufba, e também no colégio. Foram disponibilizadas, ainda, seis bolsas para que os selecionados integrassem o grupo de pesquisa”, destacou Elizabeth.

Para o festival, os estudantes foram os protagonistas, apresentando oficinas, jogos, poesias e músicas. “Os jogos de tabuleiro Mancala foram utilizados como um guia para que pudéssemos estudar a rica cultura africana. Eles são utilizados em diversos países, mas o interessante é que existem regras e nomes distintos em cada parte do continente. Dele, se originou a dama, xadrez e outros jogos japoneses e chineses”, explicou o aluno Leonardo dos Santos, 18 anos.

Leonardo também destaca a função agregadora dos jogos. “Os participantes não jogam contra, eles se ajudam mutuamente para chegar ao objetivo. Nós aprendemos a compartilhar. É uma grande lição de moral e ética”, salienta o aluno.

Com desenvoltura na produção artística, o estudante Adson César, 17 anos, ficou responsável por ministrar a Oficina de Desenho. “Minha proposta foi que as pessoas criassem um desenho de como elas se viam. Até seguindo um pouco da proposta do evento de valorização da identidade brasileira com grande influência da cultura africana”, diz. César ainda afirmou que a participação neste trabalho ampliou a sua percepção sobre o continente africano. “Durante a pesquisa, entrevistamos cidadãos de países africanos, com língua portuguesa. O continente tem uma riqueza incrível”, concluiu.

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