Estudantes e orientadores debatem metodologias da pesquisa e apresentam projetos científicos na 9ª FECIBA

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Na foto: Camila Raiane, Anne Caroline e Emilly Iasmin
Nesta quarta (15), o terceiro dia da 9ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA) foi marcado pela apresentação de projetos de pesquisa de 21 grupos de estudantes e palestras com professores orientadores sobre as experiências com os alunos da rede estadual de ensino. Com o tema “Territórios educativos e suas experiências científicas”, a feira propõe o incentivo da produção e iniciação científica no âmbito do Programa Ciência na Escola. A programação segue até sexta-feira (17), com palestras, debates e com a apresentação total de 164 projetos.
    
Confira a programação: https://bit.ly/30p1yNe
    
A estudante Camila Raiane, 17 anos, do Colégio Estadual de Casa Nova, apresentou com a equipe um projeto sobre a produção de uma pomada cicatrizante feita através de um pó obtido com a árvore angico vermelho. De acordo com a pesquisadora, a ideia surgiu após conversar com uma senhora da cidade que dizia que as pessoas usavam a planta para cuidar de ferimentos. "Unimos o conhecimento obtido na conversa com pesquisas biográficas e começamos a fazer os testes. A pomada é feita com o pó da casca da árvore misturada com banha de porco e mostra resultados positivos. É um prazer estar compartilhando tudo isso em uma feira de ciências”. Além de Camila, o projeto foi realizado pelas estudantes Anne Caroline e Emilly Iasmin, com a orientação da professora Adelange dos Santos. 
 
Foram realizadas também duas palestras. Pela manhã, a FECIBA debateu sobre as “Perspectivas de iniciação científica na Educação Básica a partir da integração com o Ensino Superior”. No turno vespertino, foi realizado um relato de experiências de orientação científica por professores da rede. A professora Janildes Almeida, que atua no Colégio Estadual Grandes Mestres Brasileiros, no município de Matina, ressaltou que trabalhar com iniciação científica é muito gratificante, principalmente ao perceber o processo de transformar a pesquisa em um percurso de resgate de identidade e territorialidade.
 
"Ciência é ser e existir, não é só inovação tecnológica, mas também é passar pelo humano. Meu olhar como orientadora é formatar as metodologias científicas e, antes de tudo, trazer para o estudo a identidade e mostrar como as culturas regionais, às vezes, são deixadas de lado. Meu trabalho inicial foi fazer um resgate e trazer à tona as expressões locais e mostrar como são importantes", afirmou Janildes Almeida.
 
De acordo com Patrícia Oliveira, coordenadora do programa Ciência na Escola da SEC, o terceiro dia da feira foi marcado por grandes contribuições. “Contamos com relatos sobre a iniciação científica na Educação Básica a partir da integração com o Ensino Superior e a participação de orientadores com os relatos das vivências, experiências sociais, desafios, estratégias e ações realizadas com os estudantes pesquisadores ao longo do percurso formativo da investigação dos objetos de pesquisa. Vale ressaltar também, a apresentação realizada por estudantes nas 13 salas virtuais”.

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