Estudantes e educadores participam do Festival Paralímpico Loterias Caixa

Foi realizada, neste sábado (4), a terceira edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa, um evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e destinado a crianças de 8 a 17 anos, com e sem deficiência. Na Bahia, o evento aconteceu na Associação Atlética da Bahia (AAB) e na Escola Municipal Telma Regis de Andrade de Vera Cruz, com três modalidades: a Bocha, um jogo que consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca; a Goalboll, um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva; e o Vôlei sentado, onde a prática pode ser feita por pessoas que possuam alguma deficiência física ou relacionada à locomoção.  
 
De acordo com o coordenador executivo de Programas e Projetos Estratégicos da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), Marcius Gomes, o evento além de ser uma grande festa esportiva, permite a quebra de tabus e mostra as potencialidades das pessoas com deficiência. “A agenda tem sido referência em todo país e aponta para um caminho de aproximação. É um lugar de resistência, luta e também de reconhecimento à inclusão desses jovens na sociedade.  Isso ensina aos diferentes grupos sociais sobre a vontade de vencer e superar obstáculos, o que é mostrado por meio da superação de dificuldades e problemas existentes mediantes a uma deficiência”.
 
Tatiana dos Santos Batista é enfermeira, porém está atualmente como dona de casa. É mãe de duas filhas, uma delas com hidrocefalia, que está participando do festival. Para ela, o evento ajuda a filha com problemas de estima e consciência corporal. “Vejo o momento como uma grande oportunidade para a ruptura de preconceitos, além de minha filha adquirir mais conhecimentos e socializar com outras crianças. Isso melhora a autoestima e mostra que ela pode e deve superar os próprios desafios”. Sua filha Ester Batista de 12 anos, bastante empolgada com o festival disse: "Faço caratê, natação e artes visuais, sou boa no que faço, adoro competir e minha expectativa hoje é conhecer novos esportes para vencer!” 
 
A professora de Educação Física e carateca, Arantia Lopes Ferreira, ressaltou que no festival o intuito maior é a socialização e a apresentação de outros esportes para os jovens. “O festival abre os olhos para outras possibilidades. Então o jovem chega aqui e passa por todas as modalidades que estão disponíveis na edição. Com a acessão do mundo paralímpico, mostrar a eles esportes diferentes, aumenta os sonhos e mostra que eles têm capacidade para conquistar novos desafios e que se sintam socializados com outras pessoas”. 
 
O festival iniciado com uma apresentação da Filarmônica da Polícia Militar da Bahia (CPM) e do músico Valdomiro Lins, contou também com a participação do coordenador de apoio ao esporte da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (SUDESB), Maurício Nery; dos coordenadores regionais do festival, Virgílio Leiro e Gerson Coutinho; e do presidente da AAB, Sérgio Menezes. 

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