Estudantes de Paripiranga reproduzem caverna para estudar Geografia e Matemática

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Foto: divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A partir dos conhecimentos adquiridos em sala de aula e pesquisas de campo, os estudantes do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Governador Roberto Santos, localizado no município de Paripiranga, a 340 km de Salvador, montaram uma caverna com material reciclável, para os estudos das disciplinas de Geografia e Matemática. A caverna foi tão bem reproduzida que despertou o interesse da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que os convidou para trocar experiências com outros estudantes.
 
A atividade, apresentada recentemente na III Feira de Ciência do colégio, é resultado do projeto Educação Patrimonial e Artístico (Epa). De acordo com o professor de Geografia, Alexandre do Nascimento, a iniciativa partiu da vontade de estimular o exercício da preservação ambiental e patrimonial e de entender a importância das cavernas como registros antropológicoss e espeleológico de Paripiranga.

"Colocar em prática o que estudamos foi surpreendente", estudante Roberto de Jesus

“Além de estudar sobre questões ambientais e formação de cavernas, eles fizeram um levantamento de quantas existem na região e visitaram a Gruta Bom Pastor, localizada no povoado Roça Nova, no município. Com base nisso, tentaram fidelizar ao máximo o conjunto de informações e características visualizadas no ambiente natural”, explicou o professor.
 
A professora de Matemática, Fernanda de Andrade Santos, afirmou que o trabalho envolveu os estudos de conteúdos como teorias de transformação de unidades de medida, escalas, noções de ângulo e estatística. “Este estudo interdisciplinar, envolvendo as duas disciplinas, foi fundamental para a contextualização dos assuntos abordados e enriquecimento dos estudantes”.

 

Fotos: divulgação

Para a construção da caverna foram utilizados materiais reaproveitáveis como 250 sacos vazios de cimento, ripas, arames, madeira, grampos e TNT preto para minimizar a luminosidade externa. “Colocar em prática o que estudamos foi surpreendente. Ao final, nos sentimos dentro de uma caverna de verdade e aprendemos desde a pesquisa até a execução do projeto”, ressaltou o estudante Roberto de Jesus, 17 anos. Já Arlécia Santana, 16, destacou que os assuntos ficaram mais fáceis de aprender. “A atividade prática contribuiu bastante para o aprendizado porque não ficamos restritos somente à sala de aula”.
 
Troca de experiências
O trabalho chamou a atenção da professora de Biologia Christiane Donato, do Colégio Aplicação da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ela contou que ficou sabendo da caverna artificial através de imagens compartilhadas no celular pelo Grupo Mundo Subterrâneo de Espeleologia (GNSE), do qual faz parte.  “Os alunos fizeram um trabalho tão bem feito, que me surpreendi ao saber que não era de verdade. Viajei para ver de perto e fiquei encantada com a riqueza de detalhes. Agora, eles irão compartilhar suas experiências e ideais para que os nossos alunos também possam replicar este trabalho na universidade”, completou.

 

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