Estudantes de escolas estaduais apresentam 19 projetos na exposição virtual da FEBRACE

Na foto: Carlúcia Alves Ferreira
Estudantes de escolas estaduais apresentam, até o próximo dia 26 de março, 19 projetos na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). A 19ª edição do evento, que é totalmente on-line, por conta da pandemia do novo Coronavírus, realiza uma exposição virtual, além de palestras e lives, através do endereço https://febrace.org.br/virtua.  Neste ano, a feira tem 345 projetos finalistas, desenvolvidos por 716 estudantes de 295 escolas dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico de todo o país. Os projetos finalistas serão julgados e premiados pela criatividade e pelo rigor científico. A cerimônia de premiação será no dia 27 de março, com transmissão pelo canal do evento  no Youtube.
 
 
De acordo com Roseli de Deus Lopes, coordenadora geral da mostra científica, o número expressivo de inscritos mostra o interesse dos estudantes pela área. “A  FEBRACE é uma iniciativa capaz de estimular o interesse dos jovens pela área científica. Os estudantes tiveram de superar as diversas dificuldades causadas pela pandemia para concluir seus projetos, sem que isso afetasse na qualidade dos trabalhos. Estamos satisfeitos com os resultados”.  
 
Com o projeto “Aplicativo conexão cidade: informando e conectando pessoas aos espaços públicos da cidade”, a estudante do Centro Juvenil de Ciência e Cultura de Vitória da Conquista, Renata Gondim Valença, está empolgada com a final e tem boas expectativas. “Estou bastante ansiosa para a FEBRACE Virtual. Já dei uma olhadinha no portal e eles criaram uma plataforma bem interativa para acompanhar todos os projetos. Não acreditei quando vi que estaria participando na edição deste ano, foi uma grande surpresa. Vai ser interessante esta nova forma de apresentação à distância, sendo que todos
Na foto: Renata Gondim
podem acompanhar e analisar os projetos envolvidos”. 
 
Os estudantes Iran de Oliveira, Ayla de Souza e Diogo dos Santos, do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira, em Ilhéus, estão disputando a final com um projeto que estuda a produção de um inseticida a partir da mandioca. A ideia surgiu através da observação do estudante Iran, que observou que as formigas cortadeiras na horta do seu pai ficavam longe das folhas de mandioca. "A forma que encontramos é baseada no manejo sustentável de recursos naturais e na criatividade para fornecer produtos e serviços que possibilitem mais conforto na rotina dessas pessoas, além de atuar na preservação e reduzir os impactos dos agrotóxicos no meio ambiente”, avaliou o cientista.
 
Diretamente da comunidade quilombola Lagoa dos Anjos, no município de Candiba, o projeto "Grupo de dança quilombo dos anjos" é um dos concorrentes. Para a coorientadora Carlúcia Alves Ferreira, estar na final é uma alegria para toda a comunidade. “Saber que o nosso grupo começou de forma tão tímida e ter tomado esta proporção é uma alegria imensa para todos nós. Ao analisar a comunidade, percebi que a criminalidade já estava em nossas margens e as crianças estavam vulneráveis a ela. Então, usamos a arte para cultivar as nossas raízes afros e evitar que elas sigam caminhos equivocados”. 
 
Os projetos baianos foram desenvolvidos no âmbito do projeto Ciência na Escola, desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado, para estimular a iniciação científica na Educação Básica.

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