Estudantes criam mapa tátil para auxiliar aprendizado de colegas com deficiência visual

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Foto: divulgação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Os estudantes Eduardo dos Reis Souza e Laíse Sales Silva, do Colégio Estadual Luiz Viana Filho, localizado em Irecê (481 km de Salvador), no Centro Norte Baiano, desenvolveram um mapa tátil adaptado para alunos com deficiência visual. O projeto “Mapa tátil das regiões brasileiras: conhecendo o Brasil com as mãos” tem o objetivo de auxiliar no aprendizado de conteúdos da disciplina de Geografia, no qual é possível diferenciar, através do tato, as regiões contornadas em diferentes relevos.
 
O projeto surgiu após os estudantes refletirem sobre o acesso a ferramentas de aprendizagem por alunos que não podem enxergar. O material, confeccionado de forma artesanal, também vai ajudar os professores no processo de ensino ao trabalharem os elementos cartográficos.
 
Segundo o secretário da Educação, Walter Pinheiro, projetos como este demonstram a criatividade e a visão social dos estudantes. “Estamos qualificando o programa Ciência na Escola para que projetos como este de grande relevância e alcance social ultrapassem os muros das escolas e sirvam para resolver problemas da sociedade, comprovando o potencial destes estudantes para o mundo da Ciência e da Inovação”, destacou.
 
“Para a realização do projeto procuramos conhecer melhor pessoas com deficiência visual ao visitarmos a Associação de Deficientes Visuais de Irecê (Adevir) e algumas escolas do município. Além de pesquisas de campo e confecção de protótipos, realizamos pesquisas bibliográficas que nos dessem o suporte científico necessário para o desenvolvimento do nosso projeto. É muito importante criar algo que vai ajudar estudantes com deficiência visual a aprenderem de forma prática”, afirma o estudante Eduardo Souza.
 
 
O mapa foi confeccionado de maneira criativa, utilizando materiais como cartolina, papéis de diferentes texturas, EVA e cola 3D. As imagens foram copiadas com um papel transparente e repassadas com papel carbono para as partes do mapa. As regiões foram delimitadas com cola 3D, nas quais foram colados materiais específicos para diferenciar cada região. O título e a legenda do mapa foram escritos em braile e impressos em impressora de tinta a jato e etiquetadora.
 
Segundo a professora de Geografia e orientadora do projeto, Alda Manuela de Freitas, a produção científica visa a inclusão. “Ao tocarem o mapa, os estudantes com deficiência visual identificam os diferentes relevos e aprendem sobre as regiões do Brasil. Este material didático específico para eles vai enriquecer o aprendizado de forma mais significativa”, explica a educadora.

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