Estudantes celebram o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha com atividades

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Para celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela, nesta quinta-feira (25), os estudantes do Colégio Estadual Eliel Martins, localizado no município de Ouriçangas, participaram de diferentes atividades, através do projeto “Atinuke - mulheres negras, vozes ativas: 25 de julho em reflexão e ação”. A atividade visa promover o conhecimento e a valorização da história, cultura e resistência das mulheres negras, contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

Fotos: divulgação

Desenvolvido desde 2019 pelas professoras Lécia Pena e Eliana Sampaio, o projeto tem como base as leis n° 10.639/2003 e 11.645/2008, sobre a obrigatoriedade das temáticas História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, respectivamente, nos estabelecimentos de ensino. Dentre as atividades realizadas, se desatacam apresentações de música, dança e teatro; declamação de poemas; lançamento da coletânea “Escrevivências Negras”, com poemas de autorias dos estudantes; contação de histórias; exibição de vídeos produzidos pelos alunos; e exposição de painel com fotos dos estudantes.

 

Segundo a professora Lécia, o projeto marca o calendário de ações de uma educação antirracista na escola. “Demonstra nosso interesse em descentralizar as atividades ligadas às questões étnico-raciais. Trabalhamos essas questões o ano inteiro e o estudante percebe a importância disso”, disse. Já a professora Eliana ressaltou a importância da data. “É uma oportunidade para reconhecer e valorizar a contribuição das mulheres negras na sociedade, bem como para promover a reflexão sobre a luta contra o racismo, o sexismo e outras formas de discriminação”.

A estudante Viviane Cruz da Silva, 17, 3º ano, afirmou que o projeto é importante para celebrar a negritude com gratidão, honra e orgulho. “Sabendo que eu faço parte de uma comunidade incrível de luta como esta, ao me reinventar e me sentir ainda mais inspirada representam a importância de elevar as nossas vozes e promover a igualdade de respeito em todos nossos espaços”.

Para a estudante Sofia da Paixão,16, 2º ano, comemorar esta data é muito significativo para reconhecer e valorizar a luta, a resistência e as conquistas das mulheres negras. “É fundamental não só para homenageá-las, mas também promover a conscientização sobre a trajetória e a contribuição das mulheres negras na sociedade, trazendo também reflexões sobre as desigualdades e injustiças enfrentadas por elas”, comentou.

Em Salvador, nesta sexta-feira (26), será realizada, às 7h30 e 13h30, no Colégio Desembargador Pedro Ribeiro, a primeira edição do “Julho das Pretas”. A programação contará com rodas de conversa, palestras, desfile e apresentação de fanfarra, além de oficinas de turbante, tranças, capoeira, dança folclórica. O evento, realizado em toda a América Latina, também comemora a resistência e a existência da mulher negra latino-americana e caribenha.

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