Estudantes baianos são premiados na Febrace 2013

A produção científica está consolidada nas escolas da rede estadual da Bahia. Em 2013, quatro projetos foram premiados durante a 11ª Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), dos cinco que participaram do evento, entre os dias 12 e 16 de março, em São Paulo.  “A produção e investigação científica nas escolas estaduais é estimulada pelo projeto Ciência na Escola, que chega a todos os estudantes da rede”, afirma o Secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, explicando que o projeto inclui a formação de professores, realização anual da Feira de Ciências e, também, a edição de livros e matérias didáticos focados na realidade baiana.

Um dos destaques da Febrace 2013 foi o projeto Ciência Virtual: modelagem de laboratórios didáticos através da realidade aumentada, sensores de movimento (kinect) e comandos por voz, do estudante Igor Gomes da Costa dos Santos (Colégio Estadual Odorico Tavares – Salvador), vencedor de três prêmios: Milset Internacional; 2º lugar em Ciências Humanas (Individual) e Inovação em Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Confira aqui a relação dos projetos baianos premiados na Febrace 2013

Em setembro, Igor Gomes, 19 anos, e o seu professor orientador, Jorge Lúcio Rodrigues, irão representar a Bahia no Milset Internacional (Expo-Sciences International), em Abu Dhabi - United Arab Emirates.  O estudante desenvolveu o projeto Ciência Virtual, durante o ensino médio. Atualmente, ele cursa engenharia elétrica e garante não ter dúvidas quanto ao sucesso da experiência também no exterior. “Nosso projeto vai ajudar muito na educação. Colégios que não têm laboratórios de ciências agora poderão realizar experimentos na sala de aula”.

O Colégio da Policia Militar, no bairro do Lobato, em Salvador, também foi contemplado com o prêmio American Psychological Association Outstanding for Behavioral Sciences, pelo projeto “A Rádio na Escola: como a educação pode atuar na transformação e integração da Sociedade”, dos alunos Luiza Vitória dos Santos Souza e Danilo Rodrigues Brito.

Escolas do Interior - Da Escola Estadual Coronel Jerônimo Rodrigues Ribeiro, do município de Uauá (438 Km de Salvador), saiu o ganhador do 3ª lugar na categoria Ciências da Saúde. Os estudantes Ana Karolina de Morais, David Gabriel de Morais e Denis dos Santos, orientados pela professora Edna dos Santos, desenvolveram o projeto A cura da gastrite através de plantas da caatinga.

“Este reconhecimento é de grande importância para motivar os estudantes a continuar desenvolvendo trabalhos de pesquisa. Desta forma, eles entendem como esta atividade é importante para a sociedade brasileira e como é relevante para o aluno de escola pública não desistir dos seus sonhos, dos seus objetivos. O projeto Ciência na Escola foi fundamental para essa conquista”, disse a professora Edna dos Santos.

 

Para David Gabriel de Morais, que integra a equipe do projeto, o resultado vai servir de estímulo. “Vamos continuar a trabalhar com este projeto. Sempre gostei de trabalhos científicos, e uma oportunidade como esta só faz com que a gente procure,   ainda mais, esse caminho”, considera o estudante.

Já o estudante Arismário de Araújo Lima Júnior, do Colégio Estadual César Borges, no município Valente (a 238 km de Salvador), recebeu o prêmio Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, com o projeto “Guitar Control: uma alternativa lúdica para incentivar a prática de instrumentos

Tramontina aproveita projeto – Em 2012, os projetos científicos elaborados por estudantes da rede estadual também foram premiados na Febrace. Entre eles, o Sistema de Segurança para Fogões contra Acidentes Domésticos, desenvolvido pelo estudante Lucas Borges, do Colégio Nossa Senhora de Fátima, no município baiano de Fátima (a 319 km de Salvador). Hoje, o projeto está no setor de desenvolvimento da empresa Tramontina.

Veja o video sobre a experiência de Lucas Borges

O estudante Lucas, filho de mecânico, afirma que desde criança teve a criatividade aguçada. “Eu sempre tive esse desejo de inventar, descobrir soluções para os problemas. Só que eu nunca tive incentivo por parte de determinado evento, quando surgiu a proposta da I Feira de Ciências da Bahia, do Ciência na Escola, eu pude colocar as idéias em prática’.


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