Estudantes baianas criam um irrigador solar automatizado para pequenas hortas

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A irrigação, técnica que leva água para as plantas, geralmente é usada em cultivos de grande porte ou em regiões em que os recursos hídricos são escassos. Com o intuito de disponibilizar esse método para as hortas caseiras, as alunas Sthefany dos Santos, Luciana Pereira e Kelly Cerqueira, orientadas por Deise Benn, no Colégio Estadual José Antônio de Almeida, localizado em Santanópolis, criaram um irrigador solar automatizado de baixo custo. 
 
A ideia surgiu para atender grandes plantações, mas com a pandemia, o grupo resolveu desenvolver um irrigador solar automatizado para hortas menores. “O objetivo inicial era um irrigador para plantações em uma escala maior, mas, com o início da pandemia, tivemos muitas dificuldades e adaptamos para hortas caseiras, disponibilizando a oportunidade de ter hortaliças de boa qualidade”, explica Sthefany. 
 
A tecnologia utiliza um microcontrolador, chamado ESP32, que permite fazer uma conexão com qualquer rede de Wi-Fi ou Bluetooth. Segundo Sthefany, elas desenvolveram o equipamento a partir de uma tecnologia já existente da Embrapa. “Nós automatizamos o irrigador solar produzido pela Embrapa em 2017 e desenvolvemos um aplicativo que atualiza para o usuário sobre o status do sistema. Ou seja, ao detectar que o solo está seco, ele irriga a horta por gotejamento e cessa essa atividade assim que a terra fica úmida”. 
 
As alunas apontam que o maior diferencial do produto é seu baixo custo de produção, em média R$ 150 reais, e o aplicativo desenvolvido por elas, que permite que o usuário controle a irrigação das plantas. “No mercado existe a automação na irrigação, porém, não é de baixo custo e não encontramos nada semelhante ao nosso aplicativo. O software ‘Irrigador’ possibilita o monitoramento do nível de água do reservatório e a umidade do solo, além de avisar quando o reservatório está abaixo do nível”, diz Sthefany. 
 
O projeto, que está concluído e já possui um protótipo, faz parte do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação, e foi um dos vencedores da 9ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA). “O nosso projeto está finalizado, mas, como toda pesquisa, ainda há melhorias que podem ser implementadas. Ainda assim, ele pode ser comercializado”, vislumbra a estudante. 
 
A orientadora da pesquisa, Deise Benn, destaca que a ideia tem viabilidade de execução. “Muitas pessoas já manifestaram interesse no irrigador, justamente pela facilidade na irrigação (automação) e pelo monitoramento através do aplicativo. Com essas ferramentas, as pessoas podem viajar, por exemplo, sem se preocupar com quem irá regar suas plantas todos os dias”. 
 
Bahia Faz Ciência 
 
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) estrearam no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e da Fundação. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br. 
 
Fonte: Ascom/ SECTI

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