Complexos Integrados de Educação da SEC dialogam sobre gordofobia e empoderamento feminino, no Conexões

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Com o tema "Elas fazem o próprio padrão – mulheres empoderadas e conectadas que batem de frente com a gordofobia”, o programa Estação do Saber – Conexões, deste sábado (13), trouxe como convidadas para o debate a fundadora do movimento “Vai ter gorda”, Adriana Santos; a personal stylist Tati Peltier; e a professora do Colégio Estadual Rubem Dario; Valdinéia Souza. O encontro virtual, que pode ser conferido aqui, é uma realização dos Complexos Integrados de Educação (CIEs), unidades pertencentes à Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC).
 
Em nome do movimento “Vai ter gorda”, Adriana Santos, que foi miss plus size Bahia, se posicionou sobre a importância de discutir a temática dentro da comunidade escolar e acadêmica. “O diálogo sobre o respeito às diferenças, à diversidade e à corporeidade é essencial que se inicie cedo nesses espaços para construirmos um novo olhar sobre os corpos e para que a gente possa desmistificar a palavra gorda e desconstruir estereótipos de beleza, padrões e construir um novo ideal de sociedade, pautada no respeito ao próximo, na inclusão e na representatividade”.
 
Responsável pelos projetos artísticos escolares do Rubem Dario, como os de teatro, dança e a fanfarra, a professora de Filosofia e História, Valdinéia Souza também falou sobre a importância do tema. “A gente tem que se aceitar, sem aqui romantizar a obesidade por ser uma questão de saúde. Mas defendo que a gente tem que se amar, se valorizar, se empoderar, gostar de si antes de gostar do outro e não aceitar discursos como este: você tem um rosto tão lindo, porque não emagrece? Daí a importância do debate sobre a questão da gordofobia, desde o ambiente escolar”.
 
A consultora de Imagem e Estilo Pessoal, Tati Peltier, destacou que a discriminação e exclusão pelas diferenças sempre existiu. “A intolerância ao corpo gordo tem tomado proporções devastadoras na formação de crianças e adolescentes que, desde cedo, são exigidos deles o ‘corpo magro’. Por este e outros motivos, é relevante a discussão sobre a estigmatização dos corpos gordos dentro dos espaços educacionais. Gordofobia, assim como racismo e outras formas de discriminação e preconceito, é inaceitável”.
 
Mediador do debate, o coordenador de Articulação entre Educação Superior e Educação Básica para os CIEs, Robson Costa, reforçou sobre a motivação da escolha do tema. “O Conexões deste sábado, no qual discutimos o empoderamento feminino e o preconceito que as mulheres gordas sofrem, foi um programa que falou de superação, resistência e resiliência dentro de uma sociedade conservadora, hipócrita e que não respeita as diferenças”. Esta edição contou, também, com desfile de moda das modelos Gilsilene Santos, Catia Rocha, Carla Matos, Nadjane Morais e Andréia Santana.

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