Estudantes participam de desfile pelos 467 anos de Salvador

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Mais de 500 estudantes da rede pública estadual participaram de um desfile de fanfarras nas ruas do Pelourinho, pelos 467 anos da capital baiana. Empolgados, os participantes da marcha, também, estiveram envolvidos em uma ação pedagógica com o objetivo de fortalecer a campanha de combate ao Aedes aegypti, com a exibição de faixas e distribuição da cartilha educativa do Governo do Estado. Participaram do evento alunos dos colégios estaduais Azevedo Fernandes (Pelourinho), Visconde de Mauá (São Cristovão), Professor Carlos Alberto Cerqueira (São Caetano), Dinah Gonçalves (Valéria) e João Caribé (Paripe), além do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão, Negócios e Turismo Luiz Navarro de Brito (Lapinha).
 
Estes alunos representam os 218.194 mil estudantes de Salvador atendidos pela rede estadual de ensino, em 232 escolas, nos mais diferentes bairros da capital baiana. Destes, 94.698 são matriculados no Ensino Médio e 15.402 na Educação Profissional. Embora a oferta do Ensino Fundamental seja, prioritariamente, uma competência do município, a rede estadual assume a maioria do atendimento, beneficiando 108 mil estudantes do Fundamental I e II.
 
A estudante Émile Santos, 11 anos, 7ª ano do Ensino Fundamental, do Colégio Professor Carlos Alberto Cerqueira, não escondia a emoção de estar participando pela primeira vez de um desfile de fanfarras. Junto a outras colegas, também estreantes, ela dizia, em nome de todas: “É muito importante para nós este desfile, porque Salvador foi a primeira capital do Brasil e, estar aqui comemorando os seus 467 anos, com a fanfarra do meu colégio, me deixa muito feliz”.
 
Fotos: Marçal
O estudante Weslley Lopes, 17 anos, 1º ano em Administração Profissional do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão, Negócios e Turismo Luiz Navarro de Brito, era um dos mais orgulhosos e participativos do desfile. “Fanfarra é vida! Ela tem uma importância muito grande na história de cada um de nós. Eu, por exemplo, aprendi a ter mais disciplina, a ser mais organizado e a administrar melhor o meu tempo. Estou feliz por estar nas ruas do Pelourinho no dia que Salvador faz aniversário. Isso para mim é uma honra”, disse o aluno que, na Fanfarra Navarro de Brito é responsável pela orientação dos músicos durante o trajeto percorrido.
 
Revitalização - A possibilidade de aprender a tocar um instrumento e de construir uma prática coletiva vem sendo transformadora para muitos adolescentes e jovens baianos. Foi com essa proposta que o governador Rui Costa lançou, em novembro de 2015, uma parceria com os Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba), dentro do programa Educar para Transformar – um Pacto pela Educação, visando promover o fortalecimento e estruturação das fanfarras e coros das escolas estaduais na Bahia.
 
As bandas de fanfarra dos colégios da rede estadual funcionam como uma porta de entrada para a prática da música. “As fanfarras têm um caráter pedagógico motivador, que resgata nos estudantes a sua autoestima e os oportunizam a possibilidade de tocarem um instrumento”, afirmou Cleide Araújo, da Coordenação de Educação Integral da Secretaria da Educação.
 
A diretora do Colégio Estadual Azevedo Fernandes, Maria Célia Sampaio, destacou que o processo de revitalização da fanfarra contribui para que estudantes tenham uma nova postura em relação ao seu compromisso com a escola. “As fanfarras contribuem para melhorar a disciplina e a autoestima dos estudantes, e tem ajudado muito na sociabilização dos alunos e no seu comprometimento com os estudos”.
 
Enquanto organizava os estudantes para o início do desfile, a professora Zélia Rocha, responsável pela fanfarra no Navarro de Brito, contou que sente muito orgulho quando vê o progresso dos estudantes. “Estou com eles há três anos. Chegaram para mim como pedra bruta e, hoje, são diamantes lapidados. Eu acreditei neles e eles corresponderam, se aprimorando cada vez mais como músicos e como pessoas. Eles ocuparam o tempo ocioso que tinham pelo intercâmbio cultural, com muita afetividade e determinação”, revela a professora.

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