Feira de iniciação científica internacional premia estudantes da rede estadual

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Os estudantes Jhonatas Silva, Everton Ribeiro e Ruben Pablo Barros, do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC), unidade da rede estadual de ensino sediada no Colégio Estadual Central da Bahia, no bairro de Nazaré, em Salvador, conquistaram o primeiro lugar com o projeto “Pé na Mata”, na categoria Criação de Jogos do Primer Sudamericano de Ciencias Y Tecnologia Escolar, evento promovido pelo Centro Educativo La Esperanza, em Assunção, no Paraguai. Trata-se de um jogo de tabuleiro que os alunos criaram visando a conscientização e o aprendizado sobre a Mata Atlântica, trazendo informações sobre animais em processo de extinção. No total, 17 estudantes baianos de Salvador, Boninal e Campo Formoso participaram do encontro internacional.

A conquista dos estudantes da rede estadual é fruto do estímulo da Secretaria da Educação do Estado (SEC) à iniciação científica na Educação Básica. O investimento do governo estadual em escolas modernas e laboratórios de ponta vem proporcionando o desenvolvimento de projetos estudantis em áreas como Sustentabilidade e Tecnologia, fortalecendo o protagonismo estudantil e inspirando os jovens a seguirem carreiras científicas. A professora Laísa Brandão, responsável pelas oficinas Sementes da Bahia e Minha Flora no CJCC de Salvador, destaca a importância da participação dos alunos em eventos de cunho científico. “O envolvimento com a Ciência amplia a visão de mundo dos estudantes e contribui significativamente para seu desenvolvimento”.

Para o estudante Everton, participar da feira de ciências fora do país foi uma experiência ímpar. Ele conta que quando os alunos do projeto “Pé na Mata” foram chamados para receber o troféu de primeiro lugar, um “mix de sentimentos” transbordou: orgulho, gratidão e realização. “Foi um momento inesquecível que ficará marcado por toda a minha trajetória de vida. Todo o esforço e dedicação intensa valeram e continuam valendo a pena. Ver nosso projeto sendo valorizado em um cenário internacional me motiva a continuar explorando e criando e, principalmente, tendo a certeza de que sempre estou no caminho certo”, relatou, destacando que, além do troféu, receber a credencial para participação na Solacyt (Sociedad Latinoamericana de Ciencia y Tecnologia), no México, foi um reconhecimento que vai além da competição. “É um passaporte para novas oportunidades no mundo científico”, comemorou.
 

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O colega Jhonatas, que participou pela primeira vez de uma feira de ciências, também compartilhou a experiência. “Foi incrível, ainda mais por ter sido um evento fora do país. “Quando o nosso projeto foi anunciado, senti uma sensação de alívio, foi algo diferente. Subi ao palco ainda sem acreditar que aquilo estava acontecendo e estava achando que tínhamos ficado em segundo lugar. Só quando recebemos o troféu que percebi que era real: tínhamos conquistado o primeiro lugar. Todo o nosso esforço valeu a pena e vamos nos preparar para ganhar mais vezes”.

O CJCC Salvador participou do evento no Paraguai, ainda com mais três projetos: “Papel 100% orgânico de Sansevieria trifasciata”, que visa a produção sustentável de papel, a partir da planta Espada de São Jorge, do aluno Nicolas Natale, 18; “Inventário verde: reconhecimento e valorização da flora do Dique do Tororó”, dos estudantes Ariane Silva Santos, Everton Ribeiro Silva e Francine Oliveira Barbosa, todos com 18 anos; e “Doe tudo que puder, pegue só o que precisar”, com o objetivo de diminuir o descarte de resíduos sólidos têxteis, do estudante Antony de Jesus, 18.

Premiados no interior – Os estudantes do interior da Bahia também se destacaram na feira. Samuel Tunes Almeida e Daniel Macedo Santana, do Colégio Estadual de Tempo Integral Rui Barbosa, de Boninal, apresentam o projeto “Segurança escolar”, que aborda a gestão eficaz da Tecnologia Digital e Recursos Humanos nas escolas, sob a orientação do professor Luan Anjos Souza. Já do Colégio Estadual Professora Hilda Monteiro Menezes, localizado em Campo Formoso, levaram os projetos “Sisal com(ciência): bioplástico produzido a partir da fibra de sisal” e “Umbu com(ciência): bioplástico desenvolvido a partir da fibra do caroço de umbu”, que foram desenvolvidos pelos alunos Gabriel Silva, Thaeme Carneiro, Ana Laura de Oliveira, João Lucas Freitas, João Christian dos Santos, Eliane Lima, Marcos José da Silva e Ketllyn Gama com a proposta de minimizar os impactos ambientais dos plásticos convencionais, sob a orientação dos professores Damon Farias, Maria Erisfagna de Macedo e Andra Gonçalves.

 

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