A Secretaria da Educação do Estado deu início, nesta quarta-feira (14), ao projeto Cine Debate. Até o final do ano, uma vez por mês, estudantes de diferentes escolas estaduais irão assistir a filmes e documentários no auditório da Secretaria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), e participar da ação que tem como tema “Dialogando sobre projetos de vida no Ensino Médio”. Na sessão inaugural do Cine Debate foi exibido o documentário “Nunca me sonharam”.

 

O documentário exibido trata dos desafios e das perspectivas de futuro de quem vivencia a realidade do Ensino Médio em escolas públicas de diferentes partes do Brasil, envolvendo depoimentos de estudantes, gestores, professores e familiares a respeito do valor da Educação. Segundo a coordenadora de Ensino Médio da Secretaria da Educação, Tereza Santos Farias, a proposta do cine debate é ampliar as discussões sobre os projetos de vida da juventude. “Debatemos como e de quais formas a gente pode ampliar as ações e estratégias para elevar a capacidade de poder sonhar outros sonhos possíveis para esses jovens, sobretudo os do Ensino Médio, que estão finalizando uma etapa importante de decisão de suas vidas”, destaca.

 

O estudante Judson de Jesus, 14, que cursa o 9º ano no Colégio Estadual Deputado Herculano Menezes, conta que se identificou muito com os jovens do documentário. “Mesmo não estando no Ensino Médio, este filme serve como um espelho para mim, porque eu estou numa fase em que ainda não sei qual carreira vou seguir”, afirma.

 

Os depoimentos também chamaram a atenção do seu colega Caique Ferreira Santos, 17. “O documentário serve para a gente refletir sobre o que queremos para o nosso futuro e que, apesar das dificuldades, não devemos nunca desistir de continuar se dedicar aos estudos”, diz o estudante.

 

O debate foi intermediado pelo gerente pedagógico dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBA), Fabien Lerat, e pelo ex-aluno do Colégio Estadual David Mendes Pereira, Bruno Moreno, que atua como articulador estadual da ONG Plan Internacional, que desenvolve projetos voltados para os jovens. “Esse filme tem muito a ver com a minha história porque sempre lutei por melhorias nas escolas por onde passei. Busco apoiar e defender a escola pública como um alicerce do processo de formação”, ressalta Bruno Moreno.