Projeto de estudantes do Recôncavo é destaque na imprensa

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Estudantes do Colégio Estadual de Cachoeira foram destaque em reportagem da revista Nova Escola. 
 

Elas querem, podem e sabem programar

 
No Colégio Estadual da Cachoeira, na Bahia, a ideia do projeto #NativasDigitais era oferecer oficinas sobre programação e webdesign apenas para meninas. Mas o interesse foi pífio: apenas três alunas se matricularam. “Havia tanto uma resistência das meninas, por não acharem que o curso seria de seu interesse, quanto preconceito dos meninos, que falavam mal de quem entrasse no curso”, conta Eva Bahia, educadora do projeto e ex-aluna da escola.
 
Foi preciso discutir a participação das mulheres nas profissões de exatas e uma palestra de uma técnica em robótica para vencer a barreira: as inscrições saltaram para 57 interessadas. “Sempre gostei de Matemática e Física, adorei conhecer o universo da programação. Quero trabalhar com isso no futuro”, afirma Naiana Lima de Oliveira Sampaio da Silva, 16 anos (a terceira da esquerda para a direita). Ela ecoa o propósito do curso: mostrar que, se as garotas quiserem, podem ter a possibilidade de cursar uma faculdade na área de exatas.
 
Com o passar dos anos, as garotas que no início do Fundamental amavam Matemática saem da escola tendo a certeza de que a área não é para elas. Para Paulo, isso só reforça a importância de trabalhar, na escola, as referências e possibilidades que as meninas podem não encontrar nem na mídia nem na família. Bons exemplos ainda são raros, mas já aparecem em trabalhos pioneiros como o da professora Gina Vieira Ponte, que traz biografias de mulheres de sucesso para o currículo (veja quadro abaixo), ou o edital Elas nas Exatas, que selecionou dez projetos, como o #NativasDigitais, que estimulam alunas de escolas públicas a conhecerem conteúdos e profissões da área de tecnologia.
 

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