O segundo semestre letivo é marcado por feiras e mostras da Educação Profissional, quando os estudantes dos cursos técnicos de nível médio da rede estadual, realizam intervenções sociais e apresentam tecnologias de baixo custo que beneficiam a comunidade. Em Jequié, os 1.400 estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Tecnologia da Informação Regis Pacheco promoveram, nesta semana, a IV Feira Tecnológica e Científica (FETEC), com o tema “Inovações Tecnológicas e Sociais para o avanço da Humanidade”.

 

Ao todo, 38 projetos foram expostos e chamaram a atenção do público, como o Aplicativo Jequié Ecotur, desenvolvido pelos estudantes do curso técnico de nível médio em Informática. “Com o aplicativo, as pessoas podem conhecer os pontos turísticos da cidade, como a Barragem de Pedra e a Fazenda Velha. São lugares que as pessoas desconhecem e passam a valorizar”, diz a estudante do 3º ano, Jéssica Eça, 17 anos, acrescentando que o aplicativo já está disponível para quem quiser baixar. “Basta digitar no Google ‘Jequié Ecotur’ e instalar”.

 

Outro projeto voltado para a valorização do município de Jequié é o desenvolvido pelos estudantes do curso técnico de Administração. “Nosso projeto consiste na preservação e intervenção de três patrimônios da cidade: o museu, a praça e o mercadão. Criamos uma maquete sugerindo algumas instalações para a valorização desses espaços”, explica a estudante Gracielle Santo, 17, do 4º do curso técnico em Administração. “Vamos apresentar o projeto na Câmara de Vereadores da cidade e disponibilizar a maquete no museu”, acrescenta.

 

A gestora da unidade, Cynara Novaes, fala sobre a importância do evento. “O objetivo é ampliar as possibilidades de elaboração e efetivação de projetos que, inspirados em necessidades socioambientais e econômicas, apontem soluções simples e eficazes para problemas cotidianos da escola e da comunidade. Tais experiências permitem aos estudantes da Educação Profissional a oportunidade de colocar-se à frente de ações empreendedoras, fomentando uma postura ética e criativa embasada em conhecimentos técnicos, científicos e culturais”, declara.

 

Os estudantes também falaram sobre a receptividade das mais de mil pessoas que prestigiaram o evento. “As pessoas adoraram nosso projeto, porque é uma inovação tecnológica”, afirma a aluna do 2º ano, do curso técnico em Segurança do Trabalho, Aline de Almeida, 17 anos, que apresentou o projeto ‘Capacete Consciente’, que aciona alarme quando o motorista não usa corretamente o capacete. Douglas Rian, 17, 3º ano em Edificações, criou um mecanismo de reaproveitamento de água da máquina de lavar. “Os visitantes deram retorno positivo para o nosso projeto, porque é um projeto fácil, que pode ser feito por qualquer pessoa”, afirma.