Estudantes apresentam projetos que valorizam a Caatinga

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Foto: acervo pessoal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os estudantes da Escola Estadual Maria José de Lima Silveira, localizada no município de Sobradinho (553 km de Salvador), estão desenvolvendo uma série de pesquisas de iniciação científica para mostrar o valor do bioma Caatinga. Por meio da IV Feira de Conhecimento, eles apresentaram projetos de Ciências, Matemática e Cultura com o tema “Caatinga Viva: sua ciência e sua cultura”. Os trabalhos também foram englobados os projetos estruturantes de arte e cultura da Secretaria da Educação do Estado.
 
Victor Emanoel Amando, 14, do 8° ano, compartilhou os avanços do projeto “Veículo lançador de sementes: mapeamento, acompanhamento e recuperação de áreas degradadas” e que agora conta com uma parceria da Embrapa Semiárido. “O projeto foi aperfeiçoado e, agora, nós iremos analisar imagens de satélites para monitorar os pontos de lançamentos de sementes nas áreas degradadas da Caatinga”, informa o estudante. Para a realização das atividades, os integrantes do projeto vão participar, em breve, de uma oficina sobre georreferenciamento como o uso do Sistema de Posicionamento Global (GPS), que será ministrada na unidade escolar por técnicos da Embrapa Semiárido.
 
As pesquisas também relacionam o bioma da Caatinga com a religiosidade dos baianos que habitam a região do Semárido. A estudante Joane Queane, 28, que cursa o 8° e 9° ano da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), apresentou o projeto “Penitente: uma chama de fé e mistério”, que concorreu simultaneamente na feira e na seletiva do projeto Educação Patrimonial e Artística (EPA). “Meu projeto visa combater o preconceito e a intolerância religiosa contra os penitentes que fazem parte da cultura da nossa cidade”, conta a estudante.
 
Já a estudante Ellen dos Santos, 13, do 9º ano, apresentou um projeto de Matemática contextualizado com as implicações da ação do mosquito Aedes aegypti na sociedade. “Com as informações adquiridas através de pesquisas foram elaborados gráficos que mostram os números de casos das doenças Zika Vírus, da Dengue e da Chikungunya no Brasil, na região Nordeste e na Bahia para informar e conscientizar as pessoas sobre os riscos”, afirma a estudante que, em 2015, participou com outro projeto, da Feira Nacional de Matemática em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina – SC e da Feira Internacional Ciência Jovem, em Recife – PE.
 
Segundo a professora de Ciências, Cida Nunes, a iniciativa está relacionada a todas as aeras do conhecimento e serve de incentivo para que os estudantes participarem de feiras estaduais, nacionais e internacionais apresentando o resultado das ações neste processo de ensino e de aprendizagem. “O objetivo é despertar o pensamento científico a partir da realidade dos estudantes através da produção e divulgação de projetos de intervenção na sociedade, com o foco na sustentabilidade”, destaca.

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