Estudantes alertam sobre prevenção ao Aedes aegypti

 

No Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti, os estudantes da rede  estadual mostraram que o combate ao mosquito é permanente na escola, através de ações incentivadas pelo projeto Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado da Bahia e que integram alunos, professores, gestores e as família. Uma das experiências exitosas nesse sentido vem sendo desenvolvida pela comunidade do Colégio Estadual Tereza Helena Mata Pires, no Alto do Cabrito, no Subúrbio de Salvador. Nesta sexta (2), os estudantes da unidade protagonizaram atividades voltadas à prevenção e ao combate do mosquito transmissor de doenças como a Dengue, o Zika vírus e a Chikungunya.

Os estudantes abriram as atividades com apresentações de dança e de cordel voltadas à temática de prevenção e o combate ao mosquito. Eles, também, se transformaram em agentes de saúde mirim do laboratório volante do ônibus, instalado na porta do colégio, dentro do projeto Ciência na Estrada, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), parceiro da Secretaria da Educação nesta ação. Através de microscópios, os estudantes e a população em geral conheceram a biologia e o ciclo de vida do mosquito.

“Nosso objetivo é fazer um trabalho de promoção de saúde e prevenção de doenças, em parceria com a Secretaria da Educação, por considerarmos que é a partir da escola, da educação que podemos mudar uma realidade. Acreditamos que eles são os mais eficazes veículos de conscientização junto à comunidade em que vivem. Nosso intuito é ajudar na capacitação deles para que sejam multiplicadores”, explica o biólogo Marcos Vannier, pesquisador titular da Fiocruz.

 

Fotos: Claudionor Junior

Estudantes em ação – Durante a atividade, estudantes, professores e funcionários dialogaram com a comunidade do entorno sobre medidas preventivas e de como acabar com os focos do mosquito. Um vídeo sobre o tema, realizado pela professora de Ciência, Nilza Xavier, juntos aos alunos, mostrou que a escola já vem atuando no combate ao transmissor das doenças desde 2009, a partir de ações que já vêm sendo realizadas na escola, por meio de projetos em diferentes áreas do conhecimento.

 

A estudante Ágata Pereira, 11, 5ª série, conta que, graças ao trabalho permanente realizado na escola, sua consciência sobre o assunto mudou. “Antes, eu não sabia que era tão perigoso deixar expostos objetos que acumulam água. Agora, eu não deixo mais garrafas ou pneus no quintal de casa e se tem um vizinho que está cometendo esse crime, eu vou lá e faço a cabeça dele. E como minha mãe está grávida, redobrei os cuidados, inclusive convenci a todos em casa a usar repelente”, conta.

O colega João Gabriel Vieira, 11, também considera que o trabalho que a escola vem realizando, ao longo do ano, trouxe mais conhecimentos sobre o problema.“É muito interessante o trabalho que realizamos na escola porque ganhamos uma consciência naturalmente. Hoje em dia, não deixo mais água parada no quintal e quando vejo alguém, principalmente um vizinho, cometendo alguma situação desfavorável, vou lá e tendo mostrar a ele o perigo daquela atitude”.

O superintendente de Políticas para a Educação Básica da Secretaria da Educação do Estado, Ney Campelo, falou sobre o papel da escola na luta contra o mosquito. “Para que ganhemos consciência, é preciso ter o conhecimento, que a gente recebe na escola e o multiplica em casa, com o pai, com a mãe, com os vizinhos, com os amigos. O interessante que percebo aqui, no Colégio Helena Mata Pires, é que é uma escola que tem um pedagógico com alma. Vejo aqui todos estimulados e participativos”, comenta.

Comportamento – A coordenadora do projeto Ciência na Escola, Shirley Costa, destacou o papel marcante que o Colégio Helena Mata Pires vem cumprindo no sentido de exterminar o mosquito. “A mudança de comportamento dos estudantes e da comunidade do entorno é a nossa maior vitória. Percebemos que os alunos estão bastante mobilizados e, com isso, protagonizam as ações que são fruto do trabalho realizado em sala de aula durante todo o ano”, acredita.

A diretora do colégio, Maria das Dores Alencar, ressalta a amplitude do projeto na comunidade. “Sentimos o efeito positivo deste projeto com a diminuição do número de pessoas infectadas no bairro e isto só é possível graças ao envolvimento de todos”.

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